Atualizado em: 05/09/25 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.120,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.750,00 Conilon tipo 7: R$ 1.300,00
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IBGE projeta crescimento na produção de café do Brasil em 2025

Por Rodrigo Viga Gaier e Roberto Samora

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – A produção de café do Brasil para 2025 foi projetada nesta quinta-feira em 57,5 milhões de sacas de 60 kg, um aumento de 4,0% em relação ao mês anterior, conforme o levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que agora observa um crescimento na produção em comparação a 2024.

De acordo com os dados do IBGE, a safra do maior produtor e exportador de café do mundo deverá crescer 0,8% em relação ao ano anterior, impulsionada por uma produção recorde de café canéfora, que inclui as variedades robusta e conilon, à medida que a colheita avança no Brasil.

Nos levantamentos mensais anteriores, o IBGE havia indicado uma diminuição na safra total em relação a 2024, embora tenha havido ajustes positivos nas expectativas desde março.

Na análise mensal, o IBGE também destacou um aumento de 0,8% na produção de café arábica, que representa a maior parte da produção brasileira, totalizando 37,5 milhões de sacas de 60 kg.

No entanto, a colheita do arábica deve cair 6,2% em comparação ao volume colhido em 2024, devido à bienalidade negativa, que é um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da planta.

Para o canéfora, a previsão de produção subiu para 20 milhões de sacas, representando um acréscimo de 10,8% em relação ao mês anterior e de 17,3% em comparação ao volume colhido em 2024.

“Com os preços do conilon mostrando boa rentabilidade, os produtores investiram mais em cuidados culturais e adubação, resultando em uma melhoria da produtividade”, afirmou o IBGE.

“É importante ressaltar que os volumes de chuvas nos principais municípios produtores foram, de modo geral, satisfatórios, apesar de terem chegado mais tarde em alguns casos.”

INFLAÇÃO

Os preços do café, que foram um dos principais responsáveis pela inflação este ano no Brasil, refletindo uma safra menor no país em 2024 e problemas em outros países produtores, começaram a desacelerar em junho, conforme destacou o IBGE.

O café moído, segundo o IPCA do IBGE, desacelerou para uma alta de 0,56% no mês passado, comparado a 4,59% em maio, à medida que a colheita no Brasil ganhou impulso.

Após atingir um recorde em duas ocasiões consecutivas na variação em 12 meses, o indicador superou o pico da série histórica e encerrou o período em junho com uma alta de 77,78%.

Em maio, o produto teve um aumento em 12 meses de 82,24%, e até abril, de 80,20%, os dois maiores índices desde o início do Plano Real.

“O índice do café começa a ceder. O que observamos é uma colheita maior, e isso está se refletindo na cadeia de produção e no consumidor final”, comentou o gerente do IBGE, Fernando Gonçalves.

Ele também mencionou que as tarifas dos EUA de 50% sobre produtos brasileiros poderiam, em tese, aumentar a oferta interna de café, uma vez que os norte-americanos são os maiores compradores do grão nacional.

“Mas é necessário aguardar para ver se o Brasil não abrirá novos mercados”, acrescentou.

(Por Roberto Samora e Rodrigo Viga Gaier)


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