O mercado continua especulativo, acompanhando a taxação imposta por Trump e a colheita no Brasil
Na manhã desta sexta-feira (11), os preços do café nas bolsas internacionais apresentavam alta, com ganhos superiores a 2%. De acordo com a Barchart, a decisão do presidente Trump de elevar as tarifas sobre produtos brasileiros para 50% está elevando os preços do café arábica, uma vez que há crescentes preocupações sobre a possibilidade de que essas tarifas mais altas interrompam o fornecimento de café do Brasil.
O boletim do Escritório Carvalhaes informa que os fundamentos no mercado cafeeiro permanecem inalterados: estoques historicamente baixos, tanto nos países produtores quanto nos consumidores, clima irregular e um equilíbrio delicado entre produção e consumo global. Em relação à taxação, será necessário aguardar os próximos dias para observar as consequências dessa imposição que prejudica e penaliza os longos laços comerciais de café entre brasileiros e americanos.
Pesquisadores do Cepeamesmo ressaltam que, devido aos estoques nacionais e globais reduzidos, o avanço da colheita no Brasil e o aumento subsequente da oferta no mercado spot estão pressionando os preços. As atividades de campo estão avançando bem e, no caso do robusta, já se aproximam da fase final.
Por volta das 9h (horário de Brasília), o arábica apresentava uma alta de 405 pontos, cotado a 289,90 cents/lbp no prazo de julho/25, um ganho de 680 pontos, negociado a 294,60 cents/lbp no setembro/25, e um avanço de 645 pontos, valendo 288,55 cents/lbp no contrato de dezembro/25.
O robusta mostrava uma queda de US$ 149, cotado a US$ 3,623/tonelada no contrato de julho/25, um aumento de US$ 68, a US$ 3,388/tonelada no de setembro/25, e um ganho de US$ 63, valendo US$ 3,337/tonelada no de novembro/25.
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