Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Disparada do preço do café leva brasileiros a reduzir consumo e mudar critério para compra, diz pesquisa

A alta nos preços do café faz com que brasileiros diminuam o consumo e alterem critérios de compra, aponta pesquisa.

O café de qualidade está saindo do Brasil?
Os brasileiros têm reduzido o consumo de café e optado por marcas mais econômicas nas prateleiras em resposta à alta dos preços nos últimos meses, conforme uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29).
O estudo, que entrevistou 4.200 pessoas em setembro de 2025, revelou que 96% dos brasileiros consomem café diariamente. No entanto, muitos alteraram seus hábitos em decorrência do aumento dos preços:
24% diminuíram a ingestão da bebida neste ano;
39% afirmam escolher a marca mais barata disponível. Em 2019, esse número era de 7%.
A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Axxus a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e avalia, a cada dois anos, os hábitos e preferências dos consumidores. O levantamento é realizado desde 2019.
📱 Baixe o app do g1 para acompanhar notícias em tempo real e gratuitamente
Exportação de café: decreto de Trump e sinalização a Lula renovam otimismo no setor
Café proibido pela Anvisa falsificou selo de pureza; lote continha material semelhante a vidro
O impacto no consumo
Segundo a Abic e os pesquisadores, a alteração nos hábitos dos consumidores está diretamente relacionada ao aumento dos preços, causado por problemas climáticos e outros fatores globais e locais (veja mais abaixo).
O percentual de brasileiros que reduziram o consumo de café neste ano (24%) é o mais alto já registrado, superando, pela primeira vez, o número daqueles que aumentaram a ingestão (apenas 2%).
Consumo de café dos brasileiros no ano, conforme pesquisa de 2025
Instituto Axxus
O critério de compra também se alterou. Anteriormente, os consumidores escolhiam entre suas marcas preferidas e, dentro delas, optavam pela mais barata.
Em 2025, no entanto, a maioria (39%) diz que está adquirindo a marca mais econômica disponível – em 2019, eram apenas 7%.
Critério de escolha na compra do café
g1/Kayan Albertin
“A pesquisa demonstra que o consumidor não abre mão da bebida, mas está ajustando seus hábitos ao novo cenário econômico”, afirma Sérgio Parreiras Pereira, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e coautor do estudo.
A proporção de brasileiros que consomem café diariamente (96%) permanece estável em comparação com as duas pesquisas anteriores. Quase metade (44%) toma entre três e cinco xícaras de 50 ml diariamente.
Consumo diário de café dos brasileiros, segundo pesquisa de 2025
Instituto Axxus
🔎Metodologia: A pesquisa do Instituto Axxus entrevistou presencialmente 4.200 pessoas em todas as regiões do país, em setembro de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança é de 99%.
LEIA TAMBÉM:
Exportações de café especial e solúvel do Brasil para os EUA despencam após tarifaço
Tarifaço aumentará o preço do café nos EUA, afirmam exportadores brasileiros em audiência no país
Com a queda nas exportações para os EUA, produtores brasileiros de café buscam novos mercados
Preço do café disparou
Dados mais recentes da Abic, de agosto de 2025, indicam que o quilo do café está custando R$ 62,83. Esse valor é quase o dobro do que era há dois anos, quando o preço nas prateleiras era de R$ 32,40.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o preço da bebida já subiu 60,85% nos últimos 12 meses, apesar de ter registrado quedas em julho e agosto.
Além disso, os preços devem aumentar novamente cerca de 15% nas próximas semanas, segundo a Abic. Isso se deve ao fato de que a indústria está pagando mais caro pelo café proveniente das fazendas.
O aumento é reflexo de fatores como:
a implementação do tarifaço de 50% dos EUA sobre o café brasileiro, que fez o preço do grão disparar na bolsa de Nova York, referência mundial para a negociação do grão;
os baixos estoques de café no mundo, resultado de quatro anos seguidos de queda na colheita dos principais produtores globais devido a problemas climáticos;
a diminuição da produção brasileira de café arábica, a principal variedade produzida no país, neste ano;
geadas no Cerrado Mineiro, que causaram um prejuízo de 424 mil sacas (25 mil toneladas), conforme a StoneX Brasil.

Fonte Original: Cepea

Facebook
WhatsApp
Email

Assine nossa Newsletter

Receba novidades e atualizações do mercado de café direto no seu e-mail!