Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Protocolo de Nagoia: Inclusão do café pode comprometer toda a cadeia...

Dia Mundial do Café: Uma homenagem à perseverança dos produtores de café.

reescreva este conteúdo e mantenha as tags HTML como estão:

Por trás de cada xícara há uma história de dedicação e amor pelo cultivo da cultura

O dia 1º de outubro marca o “Dia Internacional do Café”. A data que foi estabelecida pela Organização Internacional do Café (OIC) celebra o grão e toda a cadeia produtiva por trás dele. Neste dia, vale também a reflexão sobre a jornada dos cafeicultores, que mesmo diante de tantas adversidades, seguem plantando com amor, cuidado e dedicação. 

E é essa resiliência que torna o café não apenas uma bebida, mas um símbolo de superação. Por trás de cada xícara há uma história. Em cada grão há conexão com a terra, há descoberta de novos sabores, há afeto e qualidade.

É inegável a importância econômica e social do café para o mundo. O Brasil é o maior produtor e exportador do grão, e o segundo maior mercado consumidor da bebida. 
Mas, além da representatividade no agronegócio brasileiro, o café é um produto que conecta pessoas e promove experiências únicas.

O Notícias Agrícolas celebra essa data junto com especialistas e entidade da cafeicultura:

PROCAFÉ

“A cafeicultura é uma atividade de extrema importância para o Brasil, pois, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, garante renda e condições de vida decente para cerca de mais de 300 mil famílias brasileiras que produzem café. Além disso, a cadeia produtiva do café no Brasil é responsável pela geração de mais de 8 milhões de empregos no País, proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias. A base de toda a atividade cafeeira começa no campo, por meio de cafeicultores que se dedicam ao cultivo e à preparação dos cafés colhidos. Ali, a racionalização de práticas agrícolas, viabilizada pelo emprego de técnicas e tecnologias adequadas no manejo dos cafezais, leva à obtenção de maiores níveis de produtividade e a custos de produção economicamente vantajosos, o que garante a sustentabilidade de toda a cadeia do café. O Brasil, atualmente, é o maior produtor e exportador de café do mundo, com números que, frente à bienalidade da cultura, giram em torno de 50 a 65 milhões de sacas produzidas anualmente. A produção de café no Brasil equivale a cerca de um terço da produção mundial, que gira em torno de 170 a 180 milhões de sacas, com um crescimento médio anual que vinha se mantendo próximo de 2% e que já não consegue mais se sustentar uma vez que, nos últimos anos, a atividade cafeeira, no campo, vem enfrentando cada vez mais desafios, pelas condições adversas de clima, pela elevação do custo dos fatores de produção, pela escassez da mão de obra, dentre outros. Diante inúmeros desafios, na cafeicultura moderna, não há mais espaço para o amadorismo. Assim sendo, os cafeicultores, agora mais do que nunca, devem seguir buscando conhecimento e atualização contínua em torno de toda inovação tecnológica que vem sendo gerada no Brasil e que sempre foi, é e seguirá sendo o principal alicerce para a manutenção de nossos resilientes cafeicultores na vanguarda da cafeicultura mundial.”

FERNANDO BARBOSA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS CAFEICULTORES SUDOESTE DE MINAS

“Hoje é um dia muito importante. Onde celebramos o Dia Internacional do Café. Uma data que todos da Nação do Café, de todas as origens brasileiras das 17 regiões, estão envolvidas. Além de estar celebrando este dia, também é o dia em que as flores estão abrindo para a perpetuação da espécie, para darmos continuidade na atividade. Temos altos e baixos, porém, toda a cadeia produtiva está envolvida em um único propósito, celebrar a renovação. É um dia de esperança e, até mesmo, um dia de oportunizar aquela bebida que é uma das mais consumidas no mundo, só perdendo para água. E é aquele momento tão especial que nós temos para estarmos juntos, tomarmos aquele delicioso café, e valorizarmos todos da cadeia produtiva. Principalmente o produtor, que está na ponta dessa cadeia, está na origem. Desejo que ele possa ter cada vez mais fé em Deus,  para que essa produção seja profícua e que ele possa seguir na atividade. Este dia é um momento de gratidão e confraternização, um dia de união em torno do café, onde valorizamos a união, o senso de pertencimento e a busca pela rastreabilidade, especialmente através do Instituto Brasis Cafés de Origem.  Convido então você, consumidor, a valorizar cada xícara de café, apreciando o caminho percorrido por esse “cálice sagrado” que passa por tantas mãos.”

VICENTE ZOTTI, CONSULTOR E SÓCIO DIRETOR DA PINE AGRONEGÓCIOS

“Você sabe que eu fui em uma palestra uma vez, e o cara fez uma pergunta para o palestrante, na hora que estava na parte do debate, que eu achei muito boa. Que é uma reflexão: Qual é a sua primeira lembrança com café? E quando ele fez essa pergunta para o palestrante, eu falei: nossa, é verdade, né? Olha o laço afetivo que o café forma. E ele forma desde criança. A minha primeira lembrança com café que eu tenho é na fazenda da minha vó, com um pote que existia em cima da mesa com água, e todas as xícaras ficavam imersas dentro dessa água, aí quem chegava tirava a xícara da água, pegava a garrafa de café, tomava um pouco de café e devolvia a xícara para esse pote com água, imerso. Essa foi a primeira lembrança que eu tenho com o café, por quê? Porque aquilo mostrava a simplicidade, mostrava o convite para um momento de confraternização, um convite pra você ser bem acolhido dentro da sua casa. O café para mim é isso, é acolhimento, é um momento de reunião, de conversa, que transcende todos os tempos. Olha que interessante, né? Certamente existia isso antes do meu avô, lá com meu bisavô, que passou para o meu avô, que passa pra mim, que certamente passará para minha filha. E esse Dia Internacional do Café ele vem exatamente para coroar, não somente os produtores, mas toda a cadeia do café, mostrando que o ato de se produzir café, de se comercializar café é também um ato de acolhimento. Desde o processo de coleta, o processo de torra, de beneficiamento, tudo é feito com carinho, pensando que em algum momento alguém vai sentar para poder acolher alguém. Porque, mais do que falar que o produtor é resiliente, que já passou pela geada dos anos 70, de 1994, 2014, de 2021, que é um cara guerreiro, que saiu da colheita manual, da carpideira, indo agora para o maquinário, novas gerações, novas cultivares, e a importância de cada um desses momentos, das covas de 4×4, colhendo café com escada, nos anos de 1950, 1960, eu gostaria de trazer para o pessoal essa mensagem de que a gente possa celebrar esse acolhimento que o café traz.”

HEBERSON SASTRE, GERENTE DA MESA DE OPERAÇÕES DA MINASUL 

“O café brasileiro tem uma importância central no cenário mundial, tanto histórica quanto atual. Além de se destacar como maior produtor, o Brasil também é o maior exportador, levando cafés de alta qualidade, seja arábica ou robusta, para todos os consumidores do mundo. Aproximadamente 35% do café consumido no planeta tem sua produção no Brasil. Regiões, variedades, clima, altitudes, sabores suaves e exóticos, coloca o Brasil em destaque diante dos mais exigentes mercados, que buscam, além de todas essas características, responsabilidade econômica, social e ambiental. Tudo isso está alicerçado nos produtores, grandes, médios ou pequenos, que por mais de 100 anos estão enfrentando os obstáculos da produção olhando para o futuro, driblando os riscos e aproveitando oportunidades, adaptando suas propriedades e aumentando a qualidade. Ao longo dos anos, aprimoraram equipamentos e melhoraram a produtividade. Os produtores brasileiros têm demonstrado garra e resiliência, entregando na mesa dos consumidores mundiais uma excelente e prazerosa bebida. Produtores, aproveitem as oportunidades e as inovações que o mercado oferece, foquem na qualidade e nos manejos adequados garantindo liquidez à sua produção. Aprofundem na gestão considerando ser uma indústria a céu aberto. Nos bons momentos, não esqueçam do custo de produção e planejam os investimentos. Estejam sempre preparados, e executem as estratégias traçadas. E nunca esqueça, o seu café tem um valor imensurável no mercado mundial.”

ORLANDO EDITORE, HEAD DE CAFÉ DA DATAGRO

“Daqui treze dias, ou seja, dia 13 de outubro, eu completo 48 anos de trabalho profissional com o café. Apesar de ter nascido e sido criado em São Paulo, me formei aqui, surgiu uma oportunidade e eu fui. Então, no dia 13 de outubro de 1977 eu comecei o meu trabalho na Cooxupé. Lá fiquei por 24 anos, ou seja, metade dessa minha vida profissional passei na Cooxupé. O que me dá muito orgulho, por ter contribuído para essa enorme associação de produtores, que hoje é um destaque mundial. Enfim, desde então, sempre trabalhando com café. Tudo que eu conquistei na minha vida veio do café, mas principalmente, acho que as maiores conquistas que o café me deu foram as amizades, os relacionamentos que eu conquistei ao longo do tempo, e o legado que eu deixei, seja na forma de profissionais, em obras, seja em projetos. Tenho uma longa e feliz carreira no café e continuo. Ainda tenho muito tempo de trabalho pela frente. Esse nosso café tem que nos encher de orgulho. O café, os nossos cafeicultores, esse produto que está intimamente ligado à história do Brasil, em uma posição de liderança, sem dúvida nenhuma, no mundo inteiro desde sempre. Óbvio que, falando um pouquinho do período que eu vivo, passamos por muitos momentos. Até a extinção do IBC, até a extinção do Acordo Internacional do Café, um período longo de mercado regulado, muita intervenção, desincentivo à melhoria, desincentivo à qualidade, porque as cotas internacionais não premiavam praticamente a qualidade. Mas, depois que acabou o Acordo Internacional do Café, depois que acabou o Instituto Brasileiro do Café,  se bem que, em algum momento, o Instituto Brasileiro do Café também produziu muita coisa, principalmente na área técnica, mas o fato é que, depois que o mercado ficou livre, vamos chamar assim, o Brasil começou, então, a marcar uma presença cada vez mais importante no mercado mundial. Hoje, somos praticamente 2 milhões de hectares de café, inter-arábico robusta, praticamente 300 mil produtores, representamos 38% da oferta mundial, o Brasil é o segundo maior consumidor do mundo, e a nossa cafeicultura e os nossos cafeicultores são exemplos no mundo inteiro. Com certeza, é a cafeicultura mais moderna do mundo, em termos de tecnologia, variedades. Não podemos deixar esquecer o trabalho maravilhoso que foi feito pelo Instituto Agronômico de Campinas, com o desenvolvimento de todas as variedades importantes de café. Enfim, o fato é que o Brasil é o grande líder, nossos cafeicultores são os melhores produtores do mundo. Hoje o Brasil se destaca não só pelo volume, mas pela qualidade . Então, para finalizar, o que eu queria deixar de mensagem é o seguinte: nós temos que ter muito orgulho da nossa cafeicultura, muito orgulho dos nossos cafeicultores, e temos um desafio grande de continuar essa posição de liderança mundial, com esse destaque que a cafeicultura brasileira vem tendo desde sempre.” 

HAROLDO BONFÁ, ANALISTA DE MERCADO E DIRETOR DA PHAROS CONSULTORIA 

“Acho que o café e toda a cadeia cafeeira mudou muito nos últimos anos. Posso falar aí nos últimos 10, 15 anos, principalmente, com o advento da tecnologia, da informática, aproximando os produtores, os traders, os consumidores de um conhecimento muito maior, de mais oportunidades, diferentes formas de enfrentar, melhorar, aprimorar as suas técnicas, e isso tem trazido um aumento de produtividade, conhecimento e com o sentido final de aproximação de uma melhor qualidade e entendimento das necessidades do consumidor. Finalmente, ele é o mais importante em toda essa cadeia. Uma outra mudança muito significativa foi a valorização do conhecimento do clima e respeito ao mesmo. Mais e mais ele tem se tornado um importante player em toda a análise da cadeia brasileira, tanto na parte de produção, na parte de comercialização e também, porque não dizer, na parte do consumo. Períodos mais quentes têm levado muitos apreciadores de café a mudarem para um café gelado, e períodos mais frios com variações no modo de tomar café. Isso tem possibilitado um aumento na população de consumidores, ou seja, nós estamos atendendo a uma nova geração que procura maior diversidade. E, obviamente, o efeito que o clima tem na planta em si e nos seus efeitos posteriores, ou seja, um período de muito seca, como que isso vai afetar na produção, ou um período muito frio, ou uma geada, por exemplo, como isso vai afetar também na produção, e isso tem levado a uma volatilidade muito maior do que no passado, dando oportunidade, porém, trazendo muitos riscos, que nós já vimos aí, de toda essa problema de margem, de você ter que suprir posições no mercado. E gostaria de terminar falando que o maior aprendizado que eu tive nesses 45 anos, foi a resiliência, a convivência com pessoas do bem, o constante aprendizado e como isso tem feito amigos e trazido prosperidade para todos. Importantíssimo termos essa consciência de que o melhor conhecimento, o melhor aprendizado e os relacionamento são o que podem trazer sempre o melhor para toda a cadeia cafeeira. É importantíssimo celebrarmos todos esses ganhos.”

JONAS LEME FERRARESSO, ENGENHEIRO AGRÔNOMO E CONSULTOR EM CAFEICULTURA

“O Brasil, como a gente sabe, tem esses laços profundos com o café. São meio controversos também, no ponto que, parte desse sucesso veio da mão de obra escrava, de pessoas que vieram trabalhar nessas lavouras de café contra sua vontade e fizeram com que a economia do Brasil prosperasse, né? Eu penso que, lógico, toda história não é feita só de coisas boas, mas tem sempre coisas que a gente precisa refletir, analisar e ir melhorando ao longo do tempo. A gente sabe que nessa trajetória do café, quantos desafios apareceram. De crises econômicas, com geadas intensas que fizeram essa cafeicultura ir mudando e sendo moldada, assim como a disponibilidade de mão de obra, que moldou a cafeicultura nesses últimos 25, 30 anos, onde a gente teve uma migração da cafeicultura para áreas mecanizáveis, devido à dificuldade que ia começando a aparecer da produção. O custo de produção, a falta de mão de obra, um pouco de êxito rural, e mesmo assim, a cafeicultura foi persistente. Critérios também de mercado, que estão além da capacidade do produtor em controlar, que é muito difícil quando você tem um negócio, você não controla o mercado internacional para precificar o seu produto, então, às vezes tem que produzir sob condições 
onde o futuro é o que te guia pelo caminho. Hoje o produtor que está produzindo café não sabe se ano que vem ou daqui há dois anos, ele ainda terá condições de produção com lucratividade, mas ele persiste nessa atividade, mesmo com uma incerteza. Os cafeicultores que eu conheci na minha trajetória, sejam eles muito pequenos, médios ou grandes, uma coisa que eles têm em comum é a paixão por produzir café. Uma vez, uma pessoa que eu conheci falava que ninguém convida o outro para tomar um café para brigar, é sempre para bater um papo, para fazer um negócio, para chegar em uma decisão, para estar com os amigos. O café é essa bebida social, que geralmente está associada com bons momentos. Quando você tomava com sua avó, ou com seus amigos, ou quando você toma cedo para acordar e levar as crianças para a escola ou ir para o trabalho, quando você toma com seus colegas de trabalho, ele sempre está mais ligado com bons momentos do que momentos ruins, então, acho que tudo isso já por si só reflete essa resiliência do cafeicultor.”



Fonte Original

Facebook
WhatsApp
Email

Assine nossa Newsletter

Receba novidades e atualizações do mercado de café direto no seu e-mail!