BOGOTÁ (Reuters) – A Colômbia finalizou seu melhor ano de produção de café em mais de 30 anos, beneficiada por condições climáticas favoráveis e pela renovação das plantações, embora a produção deva cair no próximo ciclo, conforme informou a Federação Nacional dos Cafeicultores nesta terça-feira.
O volume de café produzido no terceiro maior produtor mundial, atrás apenas do Brasil e do Vietnã, cresceu 17% em comparação ao ano anterior, alcançando 14,87 milhões de sacas de 60 kg entre outubro de 2024 e setembro de 2025, superando a estimativa anual de 14 milhões de sacas do país.
Esse foi o maior volume produzido em 33 anos, segundo a FNC.
“Estamos agora começando o ciclo cafeeiro de 2025/2026, que, devido à resposta fisiológica natural das plantas de café e às chuvas significativas na primeira metade do ano, deverá resultar em uma produção menor”, declarou o gerente da federação, Germán Bahamón, no X.
A Colômbia possui cerca de 840.000 hectares dedicados ao cultivo de café, com aproximadamente 540.000 famílias que dependem dessa atividade para sua subsistência.
A produção de café arábica lavado cresceu 7% em setembro em relação ao ano anterior, totalizando 1,14 milhão de sacas, conforme informou a federação, embora esse valor tenha diminuído em relação ao total de 1,24 milhão de sacas registrado em agosto.
As exportações de café aumentaram 6% em setembro, atingindo 1,06 milhão de sacas.
Na temporada 2024/25, os embarques subiram 12%, totalizando 13,3 milhões de sacas, segundo a FNC.
A agência de estatísticas da Colômbia, DANE, publicou na segunda-feira que o valor das exportações de café aumentou 79,7% em relação ao ano anterior entre janeiro e agosto, somando US$3,67 bilhões, impulsionado pelos elevados preços internacionais do café.
(Reportagem de Nelson Bocanegra e Marcelo Teixeira, em Nova York)











