Café se mantém em alta com arábica próximo a 420 cents e robusta em valorização em Londres.

Nesta quarta-feira (22), os preços do café continuam em alta. Em Nova Iorque, o arábica apresenta uma valorização significativa, com o contrato de dezembro/25 cotado a 420.15 cents/lbp (+1.60%), março/26 a 397.30 cents (+1.55%) e maio/26 a 380.50 cents (+1.30%). O robusta, negociado em Londres, também demonstra ganhos, com o contrato de novembro/25 a US$ 4,693 por tonelada (+1.58%), janeiro/26 a US$ 4,645 (+1.55%) e março/26 a US$ 4,580 (+1.57%).

Preocupa o clima no Brasil, pois as chuvas de primavera ainda não ocorreram de forma regular, o que gera incertezas quanto ao pegamento da florada, um momento crítico para assegurar uma boa produtividade nas plantações de café. Além disso, as incertezas no mercado internacional têm deixado os produtores em uma posição defensiva, especialmente após o shutdown nos Estados Unidos. A falta de dados das instituições federais americanas, devido à paralisação, tem elevado as expectativas e incertezas em diversos mercados de commodities. Outro fator que contribui para a instabilidade são as tarifas americanas. O presidente Trump deve anunciar em breve novas taxas sobre a Colômbia, que é o segundo maior produtor mundial de grãos de café arábica.

Os preços do café também são impulsionados pela diminuição dos estoques monitorados pela ICE. As tarifas de 50% impostas às importações americanas do Brasil resultaram em uma acentuada queda nos estoques de café da ICE. Na última sexta-feira, os estoques de arábica alcançaram a mínima em 19 meses, com 467.110 sacas, enquanto os estoques de robusta caíram para a mínima em 3 meses, com 6.152 lotes na terça-feira. Compradores americanos têm cancelado novos contratos de compra de grãos brasileiros devido às tarifas, restringindo a oferta nos Estados Unidos, que depende do Brasil para cerca de um terço do café não torrado consumido no país.