Os preços do café encerraram a sessão desta terça-feira (28) com resultados mistos nas bolsas internacionais. Conforme informado pelo Barchart, os futuros em NY acentuaram a queda em relação à máxima de 8,5 meses alcançada na última quinta-feira, alcançando uma nova mínima em duas semanas, impulsionados por previsões de chuvas nesta semana nas principais regiões produtoras de café do Brasil, o que poderia amenizar parcialmente as condições de seca observadas na semana passada. A expectativa de redução das tarifas americanas sobre as importações de café brasileiro também continua a pressionar os futuros.
O boletim do Escritório Carvalhaes indica que a remoção das tarifas sobre a compra de grãos brasileiros por indústrias e importadores americanos será benéfica tanto para o Brasil quanto para os EUA; no entanto, os demais fundamentos de mercado permanecerão inalterados: as incertezas climáticas que continuam a impactar a produção no Brasil e em outros países produtores, os baixos estoques globais e a queda significativa nos embarques de café do Brasil em 2025.
Segundo o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, no médio prazo, o mercado continua atento às chuvas e às condições climáticas. O clima seco e frio dos últimos 10 dias tem afetado as primeiras floradas, aumentando o risco de abortamento.
A Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa) anunciou na semana passada que a produção de café do Vietnã em 2025/26 deverá ser 10% maior em comparação à safra anterior, desde que as condições climáticas sejam favoráveis.
O arábica encerrou o dia com uma queda de 220 pontos, cotado a 387,90 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, uma perda de 295 pontos, negociado a 366,00 cents/lbp no vencimento de março/26, e um recuo de 330 pontos, sendo negociado a 351,20 cents/lbp no vencimento de maio/26.
Por sua vez, o robusta apresenta uma queda de US$ 1, cotado a US$ 4,436/tonelada no contrato de novembro/25, enquanto registra uma alta de US$ 15, negociado a US$ 4,465/tonelada no contrato de janeiro/26, e um ganho de US$ 11, cotado a US$ 4,388/tonelada no contrato de março/26.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a movimentação nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas ficou praticamente estagnada nesta terça-feira.
O Café Arábica Tipo 6 fechou com uma queda de 2,12% em Machado/MG, cotado a R$ 2.310,00/saca, uma redução de 0,88% em Poços de Caldas/MG, negociado a R$ 2.240,00/saca, e uma perda de 0,87% em Franca/SP, cotado a R$ 2.280,00/saca. O Cereja Descascado teve variação apenas em Poços de Caldas/MG, cotado a R$ 2.520,00/saca.
