A Plataforma Global do Café no Brasil acaba de firmar um Acordo de Cooperação Técnica com Minas Gerais, o maior estado produtor de café Arábica do país, para alinhar agendas e ações estratégicas ligadas à cafeicultura regenerativa. Essa parceria foi estabelecida por meio de seu órgão de assistência técnica e extensão rural, a EMATER, e formalizada durante a Semana Internacional do Café (SIC).
“Diante das incertezas climáticas, a implementação de práticas regenerativas é essencial para que os produtores permaneçam na atividade. Portanto, o trabalho de pesquisa e a extensão rural se tornam ainda mais relevantes para guiar e ampliar as práticas entre os produtores. O acordo firmado busca unir esforços em uma agenda tão urgente e necessária”, afirma Eduardo Matavelli, engenheiro agrônomo e coordenador técnico da Plataforma.
A relação com a EMATER é de longa data, pois a instituição participa ativamente do Grupo de Trabalho Brasil (GTB) da governança da Plataforma desde o seu início, há 10 anos. O GTB, composto por especialistas, instituições de classe, equipes de sustentabilidade de empresas-membro, órgãos de assistência técnica e extensão, cooperativas, certificações e ONGs, discute iniciativas coletivas que promovem a sustentabilidade na cafeicultura, com ênfase nos produtores e suas comunidades. Ao longo de sua trajetória, o GTB criou materiais importantes, como o Currículo de Sustentabilidade do Café, que serve como referência de sustentabilidade mínima para o setor, e, mais recentemente, o documento 7 Elementos da Cafeicultura Regenerativa.
O acordo de cooperação assinado hoje visa alinhar as agendas de trabalho entre a EMATER e a Plataforma Global do Café, com o objetivo de incentivar a adoção de práticas pelos produtores, promovendo o desenvolvimento e fortalecimento de sistemas de produção sustentáveis, focando na cafeicultura regenerativa. Isso inclui práticas agrícolas que melhoram a saúde do solo e aumentam a produtividade do café, além de conservarem água e biodiversidade, contribuindo diretamente para a construção de sistemas mais resilientes e socialmente justos.
A cooperação entre as instituições também abrange esforços conjuntos para sistematizar dados indicadores de impacto, que servirão para orientar ações e disseminar os princípios da cafeicultura regenerativa e seus benefícios.











