Consumir café de maneira regular pode trazer mais vantagens do que simplesmente fornecer energia e disposição para o dia. Segundo uma notícia divulgada pelo portal Terra, o consumo moderado de cafeína está associado à manutenção da saúde cerebral, contribuindo para a prevenção de doenças como Alzheimer e outras formas de demência. De acordo com pesquisas, indivíduos que consomem de duas a três xícaras de café diariamente têm um risco menor de desenvolver degeneração neuronal.
De que forma o café beneficia a saúde cerebral
Estudos realizados por cientistas europeus indicam que a cafeína age de duas maneiras principais: diminuindo a inflamação e assegurando a atividade saudável dos neurônios. Análises feitas em cérebros de participantes de longo prazo revelaram uma menor presença de inflamação entre os consumidores habituais de café. Ademais, a substância parece ajudar a controlar o estresse neuronal, favorecendo um envelhecimento mais equilibrado e com menor suscetibilidade a doenças degenerativas.
Uma pesquisa apresentada na Sociedade Americana de Nutrição trouxe novas evidências sobre a relação entre o café e a qualidade de vida. O estudo observacional acompanhou mais de 47 mil enfermeiras ao longo de décadas e constatou que mulheres com uma média de sete xícaras pequenas de café por dia, entre 45 e 60 anos, tinham 13% mais chances de atender aos critérios de envelhecimento saudável. Esse conceito considerou aspectos como boa saúde física e mental, manutenção das funções cognitivas e ausência de doenças crônicas significativas. O benefício foi mais evidente entre aquelas que consumiam café com cafeína, em comparação com versões descafeinadas ou chás — embora especialistas ressaltam a importância de respeitar os limites de consumo diário.
Mesmo quando em repouso, os neurônios estão em constante atividade, o que pode resultar em desgaste ao longo do tempo. Nesse contexto, a cafeína desempenha um papel protetivo, ajudando a preservar a eficiência das conexões neurais e diminuindo o risco de degeneração. O efeito é especialmente notável entre as mulheres, grupo mais suscetível à Doença de Alzheimer.
Efeitos observados e novas descobertas científicas
Além de reduzir a inflamação, a cafeína influencia processos relacionados ao envelhecimento e ao estresse, auxiliando no equilíbrio do cortisol, que em excesso pode prejudicar o cérebro. Investigações em colaboração com o Instituto Francês de Pesquisas Médicas (Inserm) demonstram que o café também protege a proteína Tau, essencial para a comunicação entre os neurônios. Esses efeitos reforçam a importância da bebida como uma aliada da saúde cerebral, da longevidade cognitiva e da energia diária.
Mais foco, mais bem-estar
Os benefícios do café vão além da prevenção de doenças. Pesquisas utilizando ressonância magnética funcional, realizadas em Braga (Portugal), mostram que a cafeína melhora a concentração, a atenção e contribui para a saúde cerebral, enquanto possíveis efeitos colaterais, como taquicardia, tendem a diminuir com o consumo regular. Especialistas afirmam que a dose ideal varia conforme o metabolismo de cada indivíduo, mas ressaltam que o café é uma substância segura e amplamente consumida, especialmente em países como Brasil e Portugal, onde o hábito de desfrutar da bebida é parte da cultura.











