Os preços do café despencaram nas bolsas internacionais ao final da sessão desta quarta-feira (12), com o arábica e o robusta caindo mais de 5% nos contratos futuros mais próximos.
De acordo com o Barchart, as declarações do presidente Donald Trump sobre uma possível redução da taxação americana, feitas em uma entrevista na noite de terça-feira (11), afetaram negativamente os preços futuros. As quedas se acentuaram também após o secretário do Tesouro, Bessent, afirmar nesta quarta-feira que haveria “anúncios significativos nos próximos dias” sobre culturas não cultivadas nos EUA, incluindo o café. O robusta atingiu seu menor valor em duas semanas.
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A StoneX apresentou novas estimativas para a safra de café brasileira, prevendo uma produção de 70,7 milhões de sacas para 2026/27, o que representa um aumento de 13,5% em relação ao ciclo anterior (2025/26). Desse total, 47,2 milhões correspondem ao café arábica, representando um crescimento anual de 29,3%, enquanto 23,5 milhões de sacas são de robusta, com uma queda de 8,9%. Apesar da recuperação prevista, o volume ainda está abaixo do potencial máximo que poderia ser alcançado sob condições climáticas ideais.
Segundo o Climatempo, Minas Gerais registrou altas taxas de precipitação nas últimas semanas, aliviando as preocupações com a seca. O estado recebeu 72,1 mm de chuva na semana encerrada em 7 de novembro, o que equivale a 160% da média histórica.
O engenheiro agrônomo e consultor em cafeicultura, Jonas Leme Ferraresso, explicou que, por enquanto, os cafezais não estão enfrentando estresse hídrico, mas as altas temperaturas geram preocupação e atenção para o desenvolvimento e potencial das safras de 2026 e 2027.
Hoje, o Cecafé divulgou dados sobre as exportações brasileiras no mês de outubro de 2025. O Brasil exportou 4,141 milhões de sacas no último mês, um volume que representa uma queda de 20% em relação aos 5,176 milhões registrados no mesmo período de 2024.
Em Nova Iorque, o arábica fechou o pregão com uma redução de 1.905 pontos no vencimento de dezembro de 2025, cotado a 403,65 cents/lbp, uma baixa de 2.265 pontos no valor de 376,65 cents/lbp para março de 2026, e uma perda de 2.285 pontos, a 360,80 cents/lbp para maio de 2026.
Já o robusta apresenta uma desvalorização de US$ 240, cotado a US$ 4,392/tonelada no contrato de novembro de 2025, uma queda de US$ 252, a US$ 4,366/tonelada em janeiro de 2026, e um recuo de US$ 263, a US$ 4,285/tonelada em março de 2026.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, as áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas acompanharam as fortes quedas da bolsa de Nova Iorque. O Café Arábica Tipo 6 encerrou com uma baixa de 5,37% em Campos Gerais/MG, cotado a R$ 2.290,00/saca, uma redução de 5,50% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 2.234,00/saca, e uma queda de 4,96% em Franca/SP, com valor de R$ 2.300,00/saca. O Cereja Descascado registrou perda de 5,28% em Guaxupé/MG, cotado a R$ 2.333,00/saca, uma redução de 5,24% em Campos Gerais/MG, a R$ 2.350,00/saca, e uma queda de 4% em Varginha/MG, com valor de R$ 2.400,00/saca.
