Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
R$ 1 Bi para Erguer a Maior Fazenda de Café Arábica Irrigado do Mundo em Minas

R$ 1 Bilhão para Construir a Maior Plantação de Café Arábica Irrigado do Mundo em Minas Gerais.

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Área de café irrigado em Minas Gerais, que a joint venture pretende desenvolver

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O grupo Santos & Dias, o maior produtor de eucalipto em Minas Gerais, junto com a Ruiz Coffee, uma das líderes na produção de café no Brasil, planejam investir mais de R$1 bilhão em uma joint venture para estabelecer uma fazenda produtora de grãos arábica, que poderá ser a maior do mundo em áreas contínuas, conforme anunciado pela empresa à Reuters.

A intenção é que a Jacurutu Coffee, localizada em João Pinheiro, ao noroeste de Minas Gerais, ocupe uma área de 5.500 hectares de cafezais irrigados por sistemas de pivôs centrais e gotejamento, motivados pelos altos preços do café e pela crescente demanda pela bebida.

De acordo com Gustavo Wagner Ribeiro, conselheiro da Jacurutu Coffee, as primeiras 600 hectares de cultivo deverão começar em 2026, em terrenos atualmente utilizados pelo grupo Santos & Dias para o cultivo de eucalipto. Quando o projeto estiver plenamente desenvolvido, a fazenda deverá produzir até 260 mil sacas de 60kg anualmente.

“Reconhecemos que essas áreas eram extremamente apropriadas para a cultura do eucalipto. E o café apresenta uma tendência muito positiva, com demanda crescente…”, comentou Ribeiro, que também é CEO da Eldorado Terra, responsável pela concepção e estruturação do projeto da joint venture.

No modelo de negócio proposto, as terras serão transferidas pelo Santos & Dias para a nova empresa ao longo do processo de produção, enquanto o grupo familiar continuará atuando de forma independente na área de florestas plantadas.

“O pagamento da terra começará a ser realizado com a geração de caixa da produção; a joint venture, ao gerar receita, irá amortizar o custo da terra.”

A Ruiz Coffee trará todo seu conhecimento para o projeto, uma vez que o cultivo de café requer atenção a muitos detalhes, desde o plantio até a pós-colheita e comercialização – o grupo cafeeiro também manterá suas operações de forma independente, mesmo com a criação da nova empresa.

Do total dos investimentos, R$500 milhões serão destinados à aquisição de terras e R$550 milhões para infraestrutura e custeio. O objetivo é cultivar aproximadamente 100 hectares por mês, com a primeira colheita prevista para 2029.

“Os 5.500 hectares serão completamente irrigados, o que é uma grande vantagem na região”, ressaltou Ribeiro, destacando que já existem algumas fazendas na área de João Pinheiro, incluindo uma do grupo Ruiz Coffee.

Além da vasta área cultivável, a fazenda conta com represas que somam 240 hectares de água, assegurando o suporte hídrico necessário para a irrigação do projeto.

Segundo Ribeiro, a fazenda está situada em uma região do Estado que possui dias mais longos, o que favorece o crescimento das plantas e aumenta a produtividade, além de ter boas altitudes para a produção de arábica de alta qualidade, em torno de 800 metros.

“Isso contribui para a qualidade do café. Outro aspecto é a escala e o custo de produção, que será muito baixo e competitivo”, afirmou o conselheiro da nova empresa, salientando que a parte mais ao norte do Estado está isenta de riscos de geadas, como as que afetaram algumas áreas do café do Cerrado neste ano.

De acordo com Ribeiro, a Ruiz Coffee será responsável pela gestão operacional da produção de café, enquanto o Santos & Dias focará nas questões administrativas e financeiras. Cada empresa terá dois representantes no conselho de administração, com Ribeiro atuando como o quinto membro do colegiado, de forma independente.

Ribeiro também enfatizou que o projeto foi concebido com um padrão de governança e sustentabilidade, indicando que a meta é certificar o café pela Rainforest Alliance. A empresa destacou que, para cada hectare cultivado, a Fazenda Jacurutu preservará um hectare de vegetação nativa.

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