Enquanto os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York apresentaram uma leve diminuição nos ganhos na sessão desta quinta-feira (20), o robusta viu suas altas se intensificarem, encerrando o dia com um aumento superior a 2% na Bolsa de Londres, impulsionado por chuvas torrenciais no Vietnã.
Os aumentos nas principais posições do robusta variaram de US$ 88,00 a US$ 115,00 por tonelada. O contrato para janeiro finalizou o dia a US$ 4631,00, enquanto o de maio fechou a US$ 4394,00 por tonelada. Esses são os preços mais altos registrados em duas semanas.
“A desvalorização do dólar resultou em uma cobertura de posições vendidas no mercado de café arábica, ao passo que as preocupações climáticas no Vietnã estão elevando os preços do robusta. As intensas chuvas atrasaram a colheita na principal província produtora de café do Vietnã, Dak Lak, e há previsões de mais chuvas que podem prejudicar as plantações”, informou o portal internacional Barchart.
Os fundamentos permanecem inalterados e continuam a oferecer um suporte significativo às cotações.
“As incertezas climáticas que ainda afetam a produção de café no Brasil e nos outros principais países produtores, aliadas aos baixos estoques globais, com o Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial, além de ser o segundo maior consumidor, sem estoques remanescentes, tendo colhido em 2025 uma safra abaixo do inicialmente projetado, frustrando assim as previsões e análises do mercado internacional”, detalha o analista de mercado e diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, sobre o cenário fundamental para o café.
Nos preços do arábica, os ganhos oscilaram entre 0,3% e 0,5%, com o contrato de dezembro ainda acima de US$ 4,00 por libra. O vencimento encerrou o dia a 405,60 cents de dólar por libra-peso, enquanto o contrato de maio fechou a 359,25 cents/lb.
Da mesma forma, o especialista analisa o impacto da recente movimentação do presidente americano Donald Trump em relação às tarifas dos EUA sobre o café brasileiro e suas repercussões no mercado.
“Em nossa visão, a continuidade da tarifa de 40% sobre a importação de nossos cafés pelas indústrias e importadores americanos é extremamente prejudicial tanto para os produtores brasileiros quanto para os consumidores americanos. Precisamos aprimorar o diálogo e continuar as negociações com o governo dos EUA”.
No Brasil, o mercado está inativo devido ao feriado do Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro.











