Os preços do café se firmaram com ganhos no fechamento da sessão desta quinta-feira (04), com o arábica apresentando uma alta superior a 2% nos contratos futuros mais próximos em Nova York.
De acordo com o Barchart, a previsão de tempo seco para o Brasil e a valorização do real pressionaram os contratos futuros do arábica. O Climatempo informou hoje que a seca e o aumento das temperaturas devem continuar nas principais regiões cafeeiras do país na próxima semana.
Conforme o cafeicultor da região da Alta Mogiana, Rafael Stefani, a combinação da falta de chuvas significativas com as altas temperaturas gera preocupação sobre a maturação dos grãos para a safra de 2026, podendo impactar a qualidade da próxima produção do Brasil.
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O 4º Levantamento de Café 2025 da Conab (divulgado nesta quinta-feira) revela que a produção brasileira para 2025 está estimada em 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, um resultado que representa o terceiro maior registrado na série histórica (apesar de ser um ano de bienalidade negativa). “Esse resultado é fruto de uma ligeira queda de 1,2% na área em produção, estimada em 1,85 milhão de hectares, combinada com uma melhor produtividade média nacional, projetada em 30,4 sacas por hectare, reflexo do bom desempenho observado nas lavouras de conilon”, completa a pesquisa.
Um relatório da Hedgepoint Global Markets destaca que os baixos estoques certificados, junto aos desafios climáticos em importantes regiões produtoras, devem sustentar os preços futuros em alta no curto prazo. “Os estoques certificados de arábica permanecem historicamente baixos, fechando a última semana em 406,9 mil sacas, uma queda de 54,96% no acumulado do ano, enquanto os do robusta também caíram, atingindo 755 mil sacas, com a colheita no Vietnã ainda atrasada devido a chuvas intensas e tempestades locais”, complementa o documento.
Em Nova York, o arábica encerrou com uma valorização de 820 pontos, cotado a 411,00 cents/lbp para o vencimento de dezembro de 2025, um aumento de 805 pontos para 380,50 cents/lbp em março de 2026, e uma alta de 800 pontos, com o valor de 363,10 cents/lbp em maio de 2026.
Por outro lado, o robusta registrou uma queda de US$ 13, cotado a US$ 4.302/tonelada para o contrato de janeiro de 2026, uma alta de US$ 20, com valor de US$ 4.232/tonelada em março de 2026, e um ganho de US$ 19, cotado a US$ 4.154/tonelada em maio de 2026.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, o Café Arábica Tipo 6 encerra com um ganho de 4,35%, sendo negociado a R$ 2.400,00/saca em Araguari/MG, um aumento de 2,17% em Franca/SP, onde é vendido por R$ 2.350,00/saca, e uma valorização de 2,16% em Varginha/MG, com preço de R$ 2.370,00/saca. O Cereja Descascado registra um avanço de 2,08% no valor de R$ 2.450,00/saca em Varginha/MG, e um ganho de 1,73% em Campos Gerais/MG, cotado a R$ 2.355,00/saca.
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