Os preços do café fecharam a sessão desta segunda-feira (08) com quedas expressivas nas bolsas internacionais, com o arábica apresentando uma queda superior a 2% nos futuros mais próximos em Nova York.
De acordo com o Barchart, as cotações futuras estão sob pressão devido à expectativa de uma oferta melhor, com a divulgação na última quinta-feira da Conab prevendo uma produção total de café no Brasil para 2025 de 56,54 milhões de sacas, indicando um crescimento de 2,4% em comparação à estimativa de setembro, que era de 55,20 milhões de sacas. Além disso, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informou na última sexta-feira que as exportações do Vietnã em novembro aumentaram 39% em relação ao ano anterior, totalizando 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, alcançando 1,398 milhão de toneladas.
Leia mais:
O boletim do Escritório Carvalhaes destaca que os fundamentos do mercado continuam os mesmos: as incertezas climáticas que afetam a produção no Brasil e em outros países produtores, além dos baixos estoques globais.
Leia mais:
O relatório da Hedgepoint Global Markets indica que o mercado global está passando por um momento de transição após a suspensão das tarifas adicionais de 40% sobre os grãos brasileiros (exceto café solúvel), anunciada em 20 de novembro. Embora essa medida tenha proporcionado um alívio imediato, os baixos estoques certificados e nos destinos mantêm suporte aos futuros. “Os estoques certificados de arábica continuam historicamente baixos, contabilizando 406,9 mil sacas no final de novembro, uma redução de 54,96% no acumulado do ano. Os estoques de robusta também diminuíram, totalizando 755 mil sacas, enquanto a colheita no Vietnã enfrenta atrasos devido a chuvas intensas e tempestades relacionadas ao fenômeno La Niña. Nos destinos, a situação é semelhante: os estoques da União Europeia caíram para 7,8 milhões de sacas, o menor nível desde maio, e os estoques no Japão também estão abaixo da média histórica”, destacou ainda o documento.
Em Nova York, o arábica encerra o dia com uma queda de 2,31%, registrando uma redução de 1.020 pontos, com o valor de 396,05 cents/lbp no contrato de dezembro/25, uma perda de 865 pontos, negociado a 366,20 cents/lbp no de março/26, e uma desvalorização de 855 pontos, com o valor de 348,80 cents/lbp no de maio/26.
O robusta, por sua vez, registra uma queda de US$ 77, com o valor de US$ 4,218/tonelada no vencimento de janeiro/26, uma baixa de US$ 86, cotado a US$ 4,092/tonelada no de março/26, e uma perda de US$ 80, com o valor de US$ 4,018/tonelada no de maio/26.
Mercado Interno
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 encerra com uma queda de 3,33% em Araguari/MG, com o valor de R$ 2.320,00/saca, uma baixa de 3,02% em Varginha/MG, negociado a R$ 2.250,00/saca, e uma queda de 2,07% em Poços de Caldas/MG, com o valor de R$ 2.360,00/saca. O Cereja Descascado registra uma redução de 2,92% em Varginha/MG, cotado a R$ 2.330,00/saca, e uma desvalorização de 0,86% em Guaxupé/MG, no valor de R$ 2.303,00/saca.
Leia mais:
