Preços do café apresentam instabilidade, com desempenho misto nas bolsas de valores.

Na manhã desta quinta-feira (18), os preços do café apresentavam variações nas bolsas internacionais, influenciados por um mercado ainda volátil, afetado por condições climáticas irregulares nos principais países produtores e pela incerteza em relação à oferta global.

Segundo um boletim do Escritório Carvalhaes, a entrada da nova safra de robusta do Vietnã no mercado, juntamente com o aumento das expectativas dos operadores sobre um volume maior de chuvas nos cafezais brasileiros, tem pressionado as cotações dos contratos em Nova York e Londres, além de dificultar os negócios no mercado físico brasileiro.

As chuvas recentes no Brasil trouxeram um certo alívio às inquietações sobre o desenvolvimento da safra de 2026. De acordo com o Climatempo, chuvas intensas e persistentes são esperadas nesta semana em diversas regiões cafeeiras do país, com Minas Gerais registrando 79,8 mm de chuva na semana encerrada em 12 de dezembro, o que corresponde a 155% da média histórica.

No dia 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações do país em novembro aumentaram 39% em comparação ao ano anterior, totalizando 88.000 toneladas. Além disso, as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, alcançando 1,398 milhão de toneladas. Informações do portal internacional Bloomberg também indicam que a produção no Vietnã para 2025-26 deverá ser 10% superior à da temporada anterior.

Perto das 9h40 (horário de Brasília), o café arábica apresentava queda de 2.740 pontos, cotado a 351,90 cents/lbp no contrato de dezembro/25, uma alta de 15 pontos para 347,55 cents/lbp no de março/26, e sem variação, a 331,00 cents/lbp no contrato de maio/26.

O robusta, por sua vez, registrava uma alta de US$ 12, cotado a US$ 3,811/tonelada no vencimento de janeiro/26, uma queda de US$ 1, para US$ 3,704/tonelada no de março/26, e uma perda de US$ 6, cotado a US$ 3,650/tonelada no de maio/26.