Por Phuong Nguyen e Mas Alina Arifin
HANÓI, 18 Dez (Reuters) – Os preços do café no mercado interno do Vietnã atingiram seu menor patamar desde março do ano anterior, refletindo as tendências globais, com um aumento na oferta e condições climáticas favoráveis para a colheita e secagem das cerejas, em meio a uma demanda fraca, afirmaram os comerciantes nesta quinta-feira.
No Planalto Central, os agricultores comercializaram os grãos entre 88.700 dongs e 90.000 dongs (US$ 3,37 a US$ 3,42) por kg, uma queda em relação aos 101.300 dongs a 102.000 dongs da semana passada.
O Vietnã é o maior produtor de café robusta, cujo preço para entrega em março na bolsa ICE registrou uma perda de US$294 desde o início desta semana, alcançando US$3.705 por kg no fechamento de quarta-feira, o menor valor desde 8 de agosto, conforme dados da LSEG.
“Os agricultores estão finalizando a colheita das cerejas restantes e disponibilizaram mais grãos nos últimos dias, embora em volumes pequenos, já que não enfrentam grande pressão para vender”, comentou um trader da região produtora de café.
“Ao mesmo tempo, os exportadores permanecem bastante cautelosos”, acrescentou o trader.
Um outro trader observou que os relatos sobre a safra têm sido “variados” no Planalto Central neste ano-safra.
“Os agricultores de Dak Lak, a principal província produtora de café, relataram rendimentos mais altos, enquanto as províncias vizinhas de Lam Dong e Gia Lai apresentaram resultados menos favoráveis”, afirmou o segundo trader.
Os operadores estão oferecendo descontos de US$225 a US$ 275 por tonelada em relação ao contrato de março na bolsa.
Na Indonésia, os grãos de café robusta de Sumatra foram oferecidos com um prêmio de US$120 sobre o contrato de janeiro desta semana, uma redução em relação ao prêmio de US$209 da semana passada “devido a uma queda na tela de Londres”, disse um trader.
Outro trader mencionou um prêmio de US$300 para o contrato de março, comparado a um prêmio de US$100 há uma semana.
Os cafeicultores de West Lampung relataram que as chuvas contínuas na região podem ameaçar o crescimento dos cafezais e impactar a colheita de agosto.
“A colheita de café do próximo ano deverá diminuir em cerca de 30% a 40%”, afirmou um fazendeiro.











