Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
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A Revolução do Café: Como a Geração Z Está Trocando o Álcool pela Cafeína

Uma mudança significativa nos hábitos de consumo está redefinindo o cenário social para a Geração Z (jovens entre 16 e 25 anos). O tradicional happy hour, antes dominado por bebidas alcoólicas, está dando lugar a encontros em cafeterias, onde o café especial se torna o novo protagonista. Impulsionado por uma maior consciência sobre saúde e bem-estar e amplificado por tendências nas redes sociais, o café se consolida como o “novo álcool” para essa geração, transformando não apenas o mercado, mas também a forma como os jovens socializam.

O Fenômeno TikTok e a Estetização do Consumo

As redes sociais, com destaque para o TikTok, são o principal catalisador dessa transformação. A plataforma se tornou um palco para a estetização do cotidiano, e o café se encaixa perfeitamente nessa narrativa. Vídeos de rotinas matinais, preparos de bebidas elaboradas e visitas a cafeterias charmosas geram alto engajamento, transformando o ato de beber café em uma experiência compartilhável e aspiracional.
Criadores de conteúdo como Andrew Martins e Filipe Porta, que atuam no TikTok desde 2023, observam que a pandemia acelerou a busca por hábitos mais saudáveis. As cafeterias, nesse contexto, emergiram como espaços seguros e acolhedores para a socialização e a criação de conteúdo.
Essa tendência é confirmada por dados. Uma pesquisa da Euromonitor, encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), aponta a Geração Z como a maior entusiasta do café no Brasil. Além disso, dados do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) mostram que 47% dos jovens nessa faixa etária frequentam cafeterias, um número superior à média nacional de 39% [1].

Um Novo Paradigma de Socialização e Bem-Estar

Para a Geração Z, a escolha pelo café vai além do sabor; ela está alinhada a um conjunto de valores que priorizam o bem-estar, a sustentabilidade e a responsabilidade social. Hesli Carvalho, sócio-fundador da HM Food Café, destaca que o café substitui o álcool como um meio de socialização, permitindo o prazer de experiências coletivas sem os efeitos negativos associados ao consumo de bebidas alcoólicas.
“Os jovens estão mais atentos à origem do grão e à responsabilidade ambiental. O café substitui o álcool como meio de socialização, mantendo o prazer de experiências coletivas.” — Hesli Carvalho, HM Food Café [1]
Sergio Parreiras Pereira, do Centro de Café do IAC, complementa que essa geração busca conveniência, experiências sensoriais e um estilo de vida associado à bebida. O consumo deixa de ser apenas funcional e passa a ser um ato de identidade e expressão.

Os Desafios da Democratização do Café Especial

Apesar da crescente popularidade, o acesso ao café especial ainda enfrenta barreiras, sendo frequentemente percebido como um produto elitizado e restrito a áreas centrais das grandes cidades. A expansão dessa cultura para bairros periféricos é um dos principais desafios para a democratização do consumo.
Iniciativas como a de Thiago Santos, do Tamu Café, que busca levar cafés de qualidade para regiões como o Tatuapé, em São Paulo, são fundamentais para educar e ampliar o repertório do público. Renan Millá, do Café do Millá, aponta que o maior desafio é quebrar o estigma de exclusividade. Para atrair o público jovem, ele aposta em métodos de preparo inovadores, como o “Cupuafé” (café com cupuaçu) e cafés gelados, que aliam qualidade e novidade.

O Futuro do Mercado de Café no Brasil

A tendência é clara: a Geração Z está moldando ativamente o futuro do mercado de café no Brasil. A demanda por transparência, qualidade e experiências de consumo autênticas deve continuar a crescer. Para que o setor prospere de forma inclusiva, a democratização do café especial é um passo essencial, o que envolve desde políticas de preço mais acessíveis até o apoio a pequenas cafeterias e a educação do consumidor.
“O café é um produto nacional, mas ainda não é democrático. Quanto mais informação e experiência forem levadas aos jovens, mais qualificado e inclusivo será esse universo.” — Renan Millá, Café do Millá [1]
O movimento liderado pela Geração Z não apenas fortalece a economia cafeeira, mas também enriquece sua cultura, promovendo um consumo mais consciente, diverso e conectado com as histórias por trás de cada xícara.

Referências

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