Reduções Expressivas na Cotação Brasileira
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O índice CEPEA/ESALQ para o café arábica tipo‑6 em São Paulo caiu cerca de 21,5% em junho, encerrando o mês em R$ 1.834,36 por saca de 60 kg.
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No robusta tipo‑6 (Espírito Santo), a queda foi de 20,8%, com o preço fechando em R$ 1.105,07 por saca.
Cenário Global e Oferta Abundante
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O USDA revisou a estimativa da safra brasileira 2025/26 para 65 milhões de sacas, um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior.
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O avanço da colheita nos principais países produtores, como Brasil e Vietnã, e estoques elevados de arábica (892 468 sacas em maio) pressionam os preços no mercado internacional.
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O ICO (International Coffee Organization) relata que o índice global de cafés caiu cerca de 11,8% em junho, para aproximadamente US$ 2,95/lb
Safra em Nível Médio: Colheita Lenta, Mas Suficiente
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A colheita da nova safra brasileira está levemente atrasada (35% colhida contra 37% em 2024), mas segue a média dos últimos 5 anos .
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As previsões de clima seco em Minas Gerais favoreceram o andamento da colheita — o que, somado à pressão da oferta, manteve o recuo constante dos preços .
Principais Pontos
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Preços internos em queda: arábica −21%, robusta −21% em junho.
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Safra crescente e oferta global robusta: pressiona os valores para baixo.
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Estoque global elevado: ICE and ICO indicam níveis altos para arábica.
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Colheita fluida com clima seco: favorece colheita e pressiona preços.
O Que Isso Significa para Produtores e o Mercado
O recuo expressivo de preços pode reduzir a rentabilidade no curto prazo. No entanto, a estabilidade da oferta traduzida em colheitas regulares deve facilitar o planejamento. Para pequenas e médias lavouras, é prudente considerar:
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Cobertura de estoque para negociar em momentos de queda menor;
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Estratégias de agregação de valor, como certificações ou café especial;
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Monitoramento contínuo das cotações internacionais e do dólar.