Atualizado em: 08/09/25 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.200,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.750,00 Conilon tipo 7: R$ 1.300,00
Atualizado em: 08/09/25 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.200,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.750,00 Conilon tipo 7: R$ 1.300,00
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À Beira do Abismo: Produção de Café no Brasil em 2025 Não Permite Estoques de…

A combinação de uma oferta restrita e uma demanda aquecida está contribuindo para a redução dos estoques de café no Brasil.

“De maneira geral, a safra brasileira de café 2025 (considerando tanto o arábica quanto o conilon) é insuficiente para que consigamos chegar ao final dessa temporada com estoque disponível”, declarou o analista de café da StoneX, Fernando Maximiliano.

No Brasil, já são cinco safras consecutivas em que a produção não consegue estabelecer um novo recorde. A temporada 2020/21 foi a última em que a colheita superou 60 milhões de sacas, segundo informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Com a produção estagnada, os estoques de café foram se tornando cada vez mais escassos, enquanto a demanda global se manteve robusta.

De acordo com Maximiliano, mesmo sem uma produção significativa prevista para 2024, o Brasil alcançou recordes de exportação, ultrapassando 50 milhões de sacas. “No ano passado, exportamos em grande quantidade por diversos motivos: preços elevados no exterior, antecipação do UDR, que depois foi até adiada, mas isso resultou em um aumento das importações de café pela Europa. Todos esses fatores levaram a uma situação em que chegamos ao primeiro trimestre de 2025 com estoques ainda mais baixos. A expectativa não é que esses estoques diminuam ainda mais em 2025, pois já estão em níveis historicamente baixos há anos. Esse cenário deve persistir. Precisaríamos de uma safra significativamente maior para realmente aumentar os estoques”, explicou.

Um relatório publicado na semana passada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra brasileira 25/26 está projetada para ser de 65 milhões de sacas, sendo 24,10 milhões de robusta e 40,90 milhões de arábica, e o estoque de passagem deve terminar em apenas 1,70 milhão de sacas. “Conforme essa previsão do USDA, o Brasil terá um estoque de passagem da safra 24/25 para a safra 25/26 de apenas 640 mil sacas. Se essa previsão se confirmar, esse estoque não será suficiente para suprir nem mesmo um mês do consumo interno brasileiro”, alertou o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira.

Atualmente, os preços do café estão enfrentando quedas acentuadas, um movimento esperado devido à pressão da chegada de uma nova safra ao mercado. Contudo, essa situação resultou em um baixo interesse nas compras para recomposição de estoques, conforme esclarece o analista e consultor em agronegócios, Lúcio Dias. “Agora estamos na temporada de verão na Europa, na América do Norte e em grande parte da Ásia. Nesse período, os compradores preferem continuar utilizando seus estoques para evitar compras nos níveis de preço atuais”, completou.

O analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, ressalta que os estoques existentes estão praticamente zerados. “Aqueles que armazenaram café quando os preços estavam altos no início deste ano não desejam vender agora, em meio à atual desvalorização do produto. Assim como no ano passado, chegamos em março com uma situação crítica, com escassez de café e dificuldades para os compradores encontrarem o produto necessário, e isso deve se repetir. Vamos depender da nova safra de 2026, que já começou a ser especulada, mas precisamos aguardar o inverno, como sempre, esperar a primavera, as chuvas e verificar as temperaturas no verão de 2026 para entender o que ocorrerá com a próxima safra. Contudo, é certo que, por melhor que ela seja, mesmo que haja um excedente, não conseguiremos formar estoques confortáveis no Brasil tão cedo. Essa situação parece estar se repetindo também na América Central, na Colômbia e em outros países produtores. Portanto, a tendência é que continuemos dependendo da safra do ano”, esclareceu.

Apesar dos estoques remanescentes de safras anteriores serem extremamente baixos, o Conselho Nacional do Café (CNC) reafirma: não haverá falta de café para abastecer o mercado.

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