Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Preços do café seguem voláteis, com mercado incerto e especulativo

Aguardando o momento certo: A alta instabilidade nos preços do café provoca lentidão na…

Produtores estão cautelosos, aguardando uma maior clareza do mercado para as negociações

O setor cafeeiro enfrenta um cenário complexo, com a safra brasileira abaixo das expectativas, estoques globais praticamente esgotados, instabilidades climáticas e a taxação nas exportações brasileiras.

Todos esses fatores têm mantido os preços do café com grandes oscilações ao longo de setembro de 2025.

De acordo com dados do Cepea, a safra de 2026/27 do Brasil é muito esperada como uma alternativa para melhorar os estoques; assim, qualquer sinal de redução no potencial dessa produção tem contribuído para a incerteza no mercado, intensificando a atual volatilidade.

Os indicadores do CEPEA/ESALQ mostram que o mercado físico também apresentou variações significativas no último mês. O arábica tipo 6, bebida dura para melhor, na capital paulista, caiu quase R$ 200 por saca de 60 kg (uma queda de 8,4%), enquanto o robusta tipo 6, peneira 13 acima, retirado no Espírito Santo, teve uma queda de mais de R$ 190 por saca (recuo de 12,51%), no dia 30 de setembro.

O Indicador do arábica encerrou o último mês com uma média de R$ 2.237,80/sc, representando uma alta de 11,44% em relação ao mês anterior, enquanto a média do robusta fechou em R$ 1.373,39/sc, com um avanço de 9,84%.

Embora tenha havido uma valorização significativa, os produtores brasileiros estão negociando com cautela, à espera de preços mais atrativos. O mercado interno permanece lento, com transações acontecendo “da mão para a boca”.

Conforme o analista de café da Datagro, Daniel Pinhata, os cafeicultores esperam mais clareza sobre as estimativas para a safra 2026/27, a fim de manter ou aumentar suas margens. “Apesar dos indicadores mostrarem uma melhora em relação ao ciclo anterior, com chuvas ocorrendo em setembro e previsão de temperaturas mais amenas e precipitações nos próximos dias, ainda é cedo para fazer projeções precisas; é fundamental observar como essas condições se desenvolverão até meados de fevereiro. Até agora, estimamos que cerca de 50% da safra 2025/26 já foi comercializada e 10% da safra 2026/27”, completou o analista.

Um boletim do Escritório Carvalhaes indica que, apesar do interesse dos compradores por todos os tipos de café, o volume negociado continua abaixo do normal para este período de chegada de uma nova safra ao mercado.

“As oscilações abruptas nas bolsas de NY e Londres dificultam a formação de preços e o fechamento de um volume maior de negócios. Atualmente, são poucos os produtores dispostos a vender nos níveis de preços oferecidos pelos compradores”, explica o documento.

Para Gil Barabach, especialista em mercado de café da Safras & Mercado, a movimentação no mercado físico brasileiro está em compasso de espera devido às incertezas climáticas e à pressão da tarifa de 50% imposta sobre as exportações para os EUA. “O mês de outubro já representa um período de transição e definição em relação às floradas, o que torna as negociações mais lentas. Contudo, um fator que contribui significativamente para essa cautela, especialmente por parte dos vendedores, é a questão das tarifas. Estamos na expectativa se o café será incluído ou não na lista de isenções. Tudo isso impacta a mentalidade dos produtores, mantendo uma postura mais cautelosa tanto por parte dos compradores quanto dos vendedores”, afirmou o especialista.

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