Os preços do café encerram o pregão desta sexta-feira (05) em queda nas bolsas internacionais. Segundo o Barchart, os preços do arábica diminuíram devido à fraqueza do real, que atingiu a mínima em sete semanas em relação ao dólar, estimulando as vendas de exportação dos produtores brasileiros.
Os futuros do robusta permanecem sob pressão, com a expectativa de que as exportações de café do Vietnã estejam aumentando, já que 10% da colheita da variedade foi concluída. As previsões de clima mais seco devem ajudar a acelerar os trabalhos neste mês, após um grande atraso causado por tempestades que atingiram o país recentemente.
Em Nova York, o arábica fechou com uma queda de 570 pontos, cotado a 406,25 cents/lbp para o vencimento em dezembro/25; uma baixa de 565 pontos foi negociada a 374,85 cents/lbp para março/26, e uma desvalorização de 575 pontos, com o preço de 357,35 cents/lbp para maio/26.
O robusta caiu US$ 7, ficando a US$ 4,295/tonelada no contrato de janeiro/26; uma perda de US$ 54 foi registrada, com o preço a US$ 4,178/tonelada para março/26, e uma queda de US$ 56, resultando em US$ 4,098/tonelada para maio/26. 4º Levantamento
Safra 2025/26
Conforme o 4º Levantamento de Café 2025 da Conab (divulgado nesta quinta-feira), a produção brasileira de café para 2025 está estimada em 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa o terceiro maior volume registrado na série histórica, apesar de ser um ano de bienalidade negativa. “Esse resultado é uma combinação de uma leve queda de 1,2% na área cultivada, estimada em 1,85 milhão de hectares, aliada a uma melhor produtividade média nacional, projetada em 30,4 sacas por hectare, reflexo do bom desempenho observado nas lavouras de conilon”, complementa a pesquisa.
Dados do USDA já indicam que a safra de café de 2025/26 no Brasil deve registrar uma queda significativa na produção total, principalmente devido a uma redução de 13% na produção de arábica em comparação com a safra anterior. No entanto, a produção de robusta deverá aumentar 19%, impulsionada por condições climáticas mais favoráveis.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, conforme boletim do Escritório Carvalhaes, os produtores continuam sem grande disposição para vender nas bases oferecidas pelos compradores, comercializando apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir compromissos mais próximos.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 encerra com uma queda de 2,11%, cotado a R$ 2.320,00/saca em Varginha/MG, uma diminuição de 1,69% em Machado/MG, onde foi negociado a R$ 2.320,00/saca, e um aumento de 0,84% em Poços de Caldas/MG, com o preço a R$ 2.410,00/saca. Já o Cereja Descascado fecha com alta de 0,75% em Poços de Caldas/MG, cotado a R$ 2.690,00/saca, e uma queda de 2,04% em Varginha/MG, onde foi negociado a R$ 2.400,00/saca.
