A abertura desta terça-feira (22) é marcada por um movimento divergente entre as bolsas, com investidores atentos às condições climáticas nas áreas de produção e aos estoques globais.
Os contratos futuros do café arábica começaram a sessão desta terça-feira (22) com leves desvalorizações na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Por outro lado, em Londres, os contratos futuros do café robusta estão operando em alta.
Por volta das 09h04 (Horário de Brasília), o contrato para setembro/25 apresentava uma desvalorização de 05 pontos, sendo cotado a 291,90 cents/lbp. O contrato de dezembro/25 operava com baixa de 20 pontos, precificado em 284,70 cents/lbp, enquanto o março/26 registrava um recuo de 15 pontos, sendo negociado a 278,25 cents/lbp.
Em Londres, o contrato para setembro/25 estava valorizado em US$ 88 por tonelada, sendo negociado a US$ 3.273 por tonelada. O contrato de novembro/25 apresentava uma alta de US$ 86 por tonelada, cotado a US$ 3.250 por tonelada. Já o contrato de janeiro/25 operava com um avanço de US$ 81, com preço de US$ 3.222 por tonelada.
Conforme informações do Tradingview, os produtores brasileiros de robusta estão oferecendo seus lotes recém-colhidos com descontos significativos em relação ao robusta do Vietnã, segundo a Archer Consulting em comunicado.
O Tradingview também ressaltou que os operadores estão atentos à decisão dos EUA de aplicar uma tarifa de 50% sobre as importações de café brasileiro a partir de 1º de agosto.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda do Brasil declarou que o país não desistirá de negociar com os EUA, mas reconheceu que um acordo comercial pode não ser alcançado até 1º de agosto. “Cerca de um terço do café consumido nos EUA provém do Brasil, e as tarifas, se implementadas, praticamente interromperão o fluxo de grãos brasileiros para os EUA, o maior consumidor de café do mundo”, informou o Tradingview.
De acordo com o Escritório Carvalhaes, a colheita da nova safra brasileira 2025/2026 avança rapidamente, já ultrapassando os 70%. “Os dados das colheitas de arábica e conilon confirmam as previsões de agrônomos e cafeicultores: uma safra maior para o conilon em comparação à de 2024, enquanto a safra de arábica é menor que a anterior. A nova safra de arábica preocupa, pois os números indicam uma quebra na renda acima do normal”, informou em seu boletim diário.
Além disso, o Escritório Carvalhaes destacou que os fundamentos do mercado permanecem inalterados: estoques historicamente baixos, tanto nos países produtores quanto nos consumidores, clima irregular e um equilíbrio precário entre a produção e o consumo global.
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