O mercado continua volátil, sustentado pelos fundamentos
Na manhã desta quarta-feira (06), os preços do café apresentavam quedas nas bolsas internacionais, com o arábica em Nova York realizando lucros após fechar a sessão anterior com um aumento superior a 3%.
Conforme o boletim do Escritório Carvalhaes, a volatilidade dos futuros do mercado cafeeiro permanece apoiada nos fundamentos. Com os estoques de café em níveis historicamente baixos, tanto nos países produtores quanto nos consumidores, e o clima em condições irregulares, a implementação da tarifa pelos Estados Unidos sobre os cafés importados do Brasil deverá desorganizar o mercado internacional. “Não há café sobrando em nenhum país produtor, e a compra em grandes volumes pelos importadores americanos de outras origens isentas de tarifas de 50% deslocará os importadores habituais desses cafés (de outros países consumidores), que irão buscar novos fornecedores, desorganizando, assim, o mercado mundial. É provável que, mesmo com as tarifas, os importadores americanos continuem adquirindo cafés brasileiros em volumes significativos”, finaliza o documento.
Informações da Reuters indicam que o governo brasileiro acredita não enfrentar dificuldades em redirecionar as exportações de café após a imposição das tarifas dos EUA, enquanto a China já aprovou 183 novas empresas brasileiras exportadoras de café. Entretanto, comerciantes duvidam que a China consiga compensar a perda das vendas brasileiras para os EUA.
Por volta das 9h20 (horário de Brasília), o arábica apresentava uma queda de 305 pontos, cotado a 295,65 cents/lbp no vencimento de setembro/25, com uma baixa de 295 pontos, sendo negociado a 287,95 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, e uma perda de 345 pontos, valendo 279,90 cents/lbp no vencimento de março/26.
O robusta registrou uma queda de US$ 66, cotado a US$ 3,346/tonelada no contrato de setembro/25, uma desvalorização de US$ 67, sendo negociado a US$ 3,292/tonelada no contrato de novembro/25, e uma baixa de US$ 79, com valor de US$ 3,232/tonelada no vencimento de janeiro/26.
Fonte:
Notícias Agrícolas