Os preços do café encerram a sessão desta sexta-feira (19) com Nova Iorque em queda e Londres em desempenho misto. Conforme o Barchart, as chuvas intensas no Brasil amenizaram as apreensões sobre o desenvolvimento da safra de 2026, pressionando os preços do arábica. Na última segunda-feira (15), o Climatempo informou que chuvas fortes e contínuas são esperadas nas regiões cafeeiras do Brasil, e que Minas Gerais recebeu 79,8 mm de chuva na semana finalizada em 12 de dezembro, o que equivale a 155% da média histórica.
Segundo o boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos do mercado permanecem inalterados: as incertezas climáticas continuam a impactar e preocupar a produção cafeeira no Brasil para 2026, além dos baixos estoques globais. “A entrada da nova safra de robusta do Vietnã no mercado e a proximidade do início do verão no Brasil, elevando a expectativa dos operadores quanto a um maior volume de chuvas sobre os cafezais brasileiros, têm pressionado para baixo as cotações dos contratos em Nova Iorque e Londres e dificultado os negócios no mercado físico brasileiro”, complementou o relatório.
No dia 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã reportou que as exportações do país em novembro apresentaram um aumento de 39% em comparação ao ano anterior, totalizando 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, alcançando 1,398 milhão de toneladas. Informações do portal internacional Bloomberg também indicam que a produção do Vietnã para 2025-26 deverá ser 10% superior à da temporada anterior.
Em Nova Iorque, o arábica encerra o pregão com queda de 445 pontos, cotado a 340,65 cents/lbp no vencimento de março/26, uma baixa de 300 pontos, a 325,90 cents/lbp no vencimento de maio/26, e recuo de 250 pontos, negociado a 316,65 cents/lbp no vencimento de julho/26.
Por sua vez, o robusta registra alta de US$ 4, cotado a US$ 3,778/tonelada no contrato de janeiro/26, uma perda de US$ 8, a US$ 3,669/tonelada no de março/26, e uma desvalorização de US$ 5, cotado a US$ 3,613/tonelada no de maio/26.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, as áreas monitoradas pelo NA encerram com variações mistas. O Café Arábica Tipo 6 apresenta um aumento de 4,52% em Varginha/MG, cotado a R$ 2.220,00/saca, enquanto em Machado/MG houve uma desvalorização de 6,70%, negociado por R$ 2.090,00/saca. O Cereja Descascado fecha com alta de 3,46% em Varginha/MG, cotado a R$ 2.300,00/saca, e uma queda de 4,22% em Guaxupé/MG, no valor de R$ 2.203,00/saca.











