No entanto, a volatilidade nas bolsas de Nova York e Londres continua a dificultar o fechamento de negócios no mercado físico brasileiro, segundo o Escritório Carvalhaes.
A quinta-feira (24) terminou com novas elevações nos preços do café arábica negociados na Bolsa de Nova York. Os contratos futuros encerraram o dia com ganhos superiores a 1% – ou mais de 300 pontos – após ter apresentado ganhos significativos ao longo do dia. Assim, o vencimento de setembro concluiu o pregão com 304,85 cents de dólar por libra-peso, enquanto o de dezembro ficou em 297,00 centavos/lb.
Na Bolsa de Londres, os preços do robusta aumentaram de US$ 44,00 para US$ 49,00 por tonelada, elevando o vencimento de setembro a US$ 3349,00 e o de novembro a US$ 3304,00 por tonelada.
O clima no Brasil continua sendo uma das principais preocupações para o mercado, que monitora as previsões de uma nova frente fria que pode atingir regiões cafeeiras nos próximos dias, o que pode causar ainda mais problemas na safra brasileira, já impactada por adversidades. Além disso, o estado de Minas Gerais recebeu chuvas significativas na última semana, o que prejudicou ainda mais o potencial dos cafeeiros, sustentando as cotações. Por outro lado, o avanço da colheita limita os ganhos e pressiona tanto os futuros do arábica quanto os do robusta.
“A colheita da nova safra brasileira 2025/2026 avança rapidamente e já ultrapassou os 70%. Os números das colheitas de arábica e conilon confirmam as previsões de agrônomos e cafeicultores: uma safra maior para o conilon em comparação à de 2024, e uma safra de arábica menor que a anterior. A nova safra de arábica gera preocupações, pois os dados indicam uma quebra na renda acima do normal”, relata o analista de mercado e diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
Conforme explicam analistas e consultores internacionais, os receios em relação às tarifas de Donald Trump sobre os produtos brasileiros também contribuem para o suporte às cotações, uma vez que a percepção dos traders é de que a oferta brasileira ao mercado americano se tornaria consideravelmente mais escassa.
MERCADO BRASILEIRO
As intensas e repentinas oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres continuam a dificultar o fechamento de negócios no mercado físico brasileiro, com poucos produtores dispostos a negociar nas bases oferecidas pelos compradores. Há um interesse comprador por todos os padrões de café. As vendas de conilon estão mais avançadas, com um volume maior de negócios concretizados, informou o Escritório Carvalhaes.
Além disso,
Nesta quinta-feira, os preços do arábica tipo 6 bebida dura subiram em todas as praças de comercialização analisadas pelo Notícias Agrícolas, com altas que variaram de 0,54% – como em Poços de Caldas/MG – até 3,33% – em Machado/MG. Assim, a saca terminou o dia cotada entre R$ 1850,00 e R$ 1860,00, respectivamente. O cereja descascado fechou o dia com referências variando de R$ 1950,00 – em Campos Gerais/MG – a R$ 2250,00 – em Poços de Caldas/MG.
Por outro lado, as cotações do conilon no mercado disponível permaneceram estáveis nas principais praças, exceto em Vitória/ES, onde a saca subiu 0,75%, atingindo R$ 941,00.
