A sexta-feira inicia de forma negativa para as commodities agrícolas negociadas na bolsa de Nova York. De acordo com fontes internacionais, o serviço meteorológico do Vietnã diminuiu a probabilidade de chuvas intensas da tempestade tropical Fengshen no Planalto Central do país, o que diminui o risco de danos às lavouras de robusta. No Brasil, a Climatempo prevê chuvas no final de semana para as regiões produtoras, o que é favorável para a produção.
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Além dessas questões climáticas, o mercado aguarda a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que ocorrerá neste domingo (26/10) na Malásia. O café e a carne bovina brasileira deverão ser temas da discussão.
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O mercado americano representa o principal destino do café brasileiro, e os exportadores ainda buscam estratégias para reverter as tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump.
Nesta semana, representantes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reuniram com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Em um comunicado, a entidade informou que discutiram duas alternativas para que o Brasil consiga reverter as restrições tarifárias ao comércio de café com os Estados Unidos. A primeira alternativa é que o produto fique isento de tarifas até que os dois países cheguem a um acordo comercial. A segunda é que o café permaneça na lista de isenção produto a produto.
Nesse cenário, o contrato do arábica mais negociado (para dezembro) apresenta uma queda de 0,15%, cotado a US$ 4,0850 a libra-peso. O contrato com vencimento em março cai 0,23%, sendo negociado a US$ 3,78 a libra-peso.
Os papéis futuros de açúcar demerara com vencimento em março registram uma queda de 1,77%, cotados a 15,02 centavos de dólar a libra-peso. Os lotes para maio estão avaliados em 14,51 centavos de dólar, com uma desvalorização de 1%.
Ainda em Nova York, o preço do algodão para dezembro de 2025 diminui 0,52%, ficando em 63,90 centavos de dólar por libra-peso, enquanto os lotes para março de 2026 são negociados a 65,51 centavos de dólar por libra-peso, com um recuo de 0,38%.
Por fim, os futuros do cacau apresentam uma leve queda de 0,09%, sendo cotados a US$ 6,330 mil por tonelada.
O mercado continua a monitorar o cenário de incertezas relacionadas à oferta da amêndoa. Uma análise divulgada pelo site Mercado do Cacau aponta relatos de grãos pequenos e chuvas irregulares na Costa do Marfim, que é o maior produtor mundial. Além disso, os estoques certificados na bolsa (ICE Futures US) estão registrando queda, o que pode indicar um aperto logístico no setor.











