Mercado físico brasileiro finaliza sessão com pequenas variações
Os preços do café apresentaram um fechamento em baixa na sessão desta sexta-feira (11), com o robusta recuando mais de 3% em Londres.
Um relatório da Pine Agronegócios ressalta que o mercado permanece pressionado pela ampla oferta global, o avanço da colheita no Brasil e as condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras. “No curto prazo, os preços devem refletir a intensificação das atividades de campo, à medida que nos aproximamos do pico da safra”, complementou o documento.
Conforme informações da consultoria Safras & Mercado, a colheita no Brasil já atingiu 69% da produção da safra 2025/26. O levantamento indicou que o ritmo das atividades continua acelerado, com a colheita do canéfora (conilon/robusta) alcançando 88%, enquanto a do arábica está em 58% da produção.
De acordo com Laleska Moda, analista de inteligência de mercado na Hedgepoint Global Markets, mesmo que se espere que o mercado reflita os fundamentos de curto a médio prazo (com um aumento na oferta), um equilíbrio mais restrito pode significar que quaisquer alterações nas perspectivas atuais podem provocar a recuperação dos preços. “Ademais, as incertezas atuais sobre a política tarifária do governo americano aumentam os riscos do mercado, especialmente no que diz respeito a uma possível taxação de 50% sobre os produtos brasileiros”, explicou a analista.
O arábica encerra com uma queda de 130 pontos nos vencimentos de julho/25 e setembro/25, cotado a 288,60 cents/lbp e 286,50 cents/lbp, além de um recuo de 165 pontos, negociado a 280,45 cents/lbp.
Em Londres, o robusta apresenta uma baixa de US$ 112, cotado a US$ 3,511/tonelada no contrato de julho/25, e uma perda de US$ 104 nos contratos de setembro/25 e novembro/25, que estão a US$ 3,216/tonelada e US$ 3,170/tonelada, respectivamente.
Por sua vez, o mercado físico brasileiro permaneceu praticamente inalterado nas regiões monitoradas pelo Notícias Agrícolas. O boletim do Escritório Carvalhaes destaca que as oscilações fortes e repentinas nas bolsas de Nova Iorque e Londres continuam dificultando o fechamento de negócios, com poucos produtores e compradores dispostos a participar do mercado interno.
Notícias Agrícolas