Os preços do café voltam a registrar expressivos ganhos nas bolsas internacionais no encerramento da sessão desta quarta-feira (10).
Conforme informações do Barchart, os preços fecharam em forte alta hoje, com o arábica próximo da máxima de quatro meses alcançada na terça-feira, em função da escassez de chuvas nas áreas produtivas do Brasil, antes do crucial período de floração dos cafeeiros. Além disso, os futuros também são impulsionados pelos estoques mais reduzidos da ICE. “Os estoques de arábica monitorados pela ICE caíram para o menor nível em 16 meses, com 679.548 sacas, enquanto os do robusta diminuíram para a mínima de 1,5 mês, com 6.552 lotes, em 28 de agosto, e ficaram ligeiramente acima desse mínimo, em 6.608 lotes, hoje”, destaca o portal.
De acordo com um relatório da StoneX, os fatores que impulsionaram os preços nas últimas semanas já foram absorvidos pelos agentes do mercado, que agora buscam novos fundamentos para definir a direção. “Dois pontos permanecem em destaque: as decisões do governo americano sobre as tarifas do café e a evolução climática no Brasil. A florada do robusta já começou, assim como a do arábica, tornando essencial a manutenção de um clima adequado, com temperaturas amenas e chuvas regulares, para garantir o potencial produtivo da safra de 2026”, conclui o documento.
Em meio às incertezas tarifárias, o relatório de exportações publicado nesta terça-feira (09) pelo Cecafé informa que o Brasil exportou 3,1 milhões de sacas de café em agosto, o que representa uma queda de 17,5% em relação a agosto de 2024. No acumulado de janeiro até o final de agosto deste ano, o total embarcado foi de 25,323 milhões de sacas, apresentando uma diminuição de 20,9% em comparação com o volume exportado no mesmo período do ano passado.
Em Nova Iorque, o arábica encerra com um ganho de 800 pontos, cotado a 401,00 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um aumento de 510 pontos, valendo 386,90 cents/lbp no de dezembro/25, e uma alta de 485 pontos, negociado a 373,55 cents/lbp no de março/26.
O robusta, por sua vez, registra um aumento de US$ 106 nos contratos de setembro/25 e novembro/25, com valores de US$ 4,693/tonelada e US$ 4,477/tonelada, respectivamente, além de um ganho de US$ 96, atingindo US$ 4,403/tonelada no contrato de janeiro/26.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, conforme o boletim do Escritório Carvalhaes, o volume de negócios permanece baixo para esta época de início de uma nova safra. As intensas e repentinas oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres continuam dificultando a concretização de um volume maior de negócios futuros.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 encerra com alta de 0,87% em Guaxupé/MG, com o preço de R$ 2.331,00/saca; um aumento de 0,83% em Machado/MG, negociado a R$ 2.430,00/saca; e um avanço de 0,82% em Franca/SP, com o valor de R$ 2.450,00/saca. O Cereja Descascado apresentou movimentação apenas em Guaxupé/MG, com alta de 0,83% no valor de R$ 2.429,00/saca.
