Os preços do café encerraram a sessão desta sexta-feira (24) com comportamentos distintos nas bolsas internacionais. O arábica registrou queda em Nova Iorque, pressionado pela previsão de chuvas nas principais regiões cafeeiras do Brasil, em um período crucial para a floração da safra de 2026. Conforme relatado pelo Barchart, os futuros do robusta também enfrentam pressão, uma vez que o instituto meteorológico do Vietnã diminuiu a probabilidade de chuvas intensas em decorrência da tempestade tropical Fengshen, o que diminui o risco de danos às plantações do país.
Informações do portal internacional Bloomberg ressaltam que os contratos futuros do robusta em Londres estão a caminho de acumular ganhos pela segunda semana consecutiva, mesmo com a diminuição das preocupações sobre os impactos das tempestades no Vietnã. “As condições climáticas favoráveis deste ano têm beneficiado os cafeeiros, e a produção pode crescer 10% ou mais se o clima continuar bom e não houver chuvas fortes ou tempestades em novembro ou dezembro”, acrescenta. Além disso, a BMI (uma consultoria de commodities) informa que os estoques americanos de grãos de origem brasileira caíram 79% entre 1º de agosto e 13 de outubro; no geral, os estoques do produto nos EUA diminuíram 35% no mesmo período. Se as tarifas americanas persistirem, considerando a predominância do Brasil no fornecimento para os EUA e a falta de fontes alternativas viáveis, os preços devem subir
significativamente.
Em Nova Iorque, o arábica encerra o dia com uma baixa de 715 pontos, cotado a 403,00 cents/lbp no vencimento de dezembro de 2025, uma queda de 670 pontos, negociado a 383,05 cents/lbp no de março de 2026, e uma perda de 560 pontos, valendo 367,85 cents/lbp no de maio de 2026.
Por outro lado, o robusta registra um ganho de US$ 17, com cotação de US$ 4,571/tonelada no contrato de novembro de 2025, um aumento de US$ 36, valendo US$ 4,557/tonelada no de janeiro de 2026, e um avanço de US$ 33, cotado a US$ 4,478/tonelada no de março de 2026.
Mercado Interno
Conforme o boletim do Escritório Carvalhaes, a movimentação no mercado físico brasileiro permanece abaixo do habitual para esta época do ano, que normalmente marca a entrada de uma nova safra. As oscilações bruscas nas bolsas de Nova Iorque e Londres continuam dificultando a formação de preços e a concretização de um volume maior de negócios.
O Café Arábica Tipo 6 encerra o pregão com uma baixa de 2,87% em Varginha/MG, cotado a R$ 2.370,00/saca, uma queda de 2,39% em Machado/MG, negociado a R$ 2.450,00/saca, e um recuo de 1,69% em Campos Gerais/MG, com valor de R$ 2.320,00/saca. O Cereja Descascado, por sua vez, consolida uma baixa de 4,71% em Varginha/MG, cotado a R$ 2.430,00/saca, e uma perda de 0,75% em Poços de Caldas/MG, com valor de R$ 2.640,00/saca.
