Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 1.700,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.250,00 Conilon tipo 7: R$ 960,00
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Exportadores de café não percebem interrupções no abastecimento para os EUA e comentam sobre…

Por Leticia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) – O Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) anunciou nesta quarta-feira que não considera a possibilidade de interrupção no fornecimento de café brasileiro para os EUA, mesmo após a imposição de uma tarifa de 50% pelo governo Trump. O conselho acredita que há um ambiente “favorável” para negociações, dada a relevância das exportações brasileiras dessa commodity para o mercado americano.

Em uma coletiva de imprensa, os executivos do Cecafé ressaltaram o esforço contínuo nas negociações com órgãos governamentais e entidades do setor de café nos EUA, que já estavam em andamento nos meses anteriores, em resposta a uma tarifa anterior de 10% imposta ao Brasil. Eles relataram avanços, apesar do cenário de incerteza e volatilidade.

“Sentimos que as discussões sobre o café estão bem desenvolvidas, a ponto de nos ajudar a criar conexões, devido ao nível de parceria que temos com eles… Nos diversos setores comerciais dos Estados Unidos, os diálogos têm sido muito positivos”, afirmou Marcos Matos, CEO do Cecafé.

O setor já havia solicitado que o café fosse incluído em uma lista de exceções isentas de tarifas nos EUA, com o apoio da Associação Nacional do Café (NCA) americana.

“Em negociações, às vezes, recuar um pouco pode levar a dois passos à frente… O que queremos deixar claro é que realmente existe um ambiente favorável nos Estados Unidos para o café, considerando sua importância para a economia americana”, destacou Márcio Ferreira, presidente do conselho deliberativo do Cecafé.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e tem os EUA como seu principal comprador. Aproximadamente um terço do café consumido no mercado norte-americano é proveniente do Brasil.

De acordo com o conselho de exportadores, a tarifa de 50% anunciada ainda não resultou na suspensão de embarques de café do Brasil para os EUA.

“Um importador ou exportador, para novas negociações, vai esperar que as situações estejam mais claras para negociar, mas em nenhum momento houve a suspensão de embarques… Comercialmente, a tensão está sendo muito menor do que parece à primeira vista”, declarou Ferreira.

Uma reportagem da Reuters revelou que traders estão se apressando para descarregar a maior quantidade possível de café brasileiro nos Estados Unidos antes da implementação da nova tarifa de 50% de Trump sobre os produtos brasileiros, prevista para 1º de agosto.

Alguns traders estão desviando navios durante a viagem, cancelando paradas em outros portos. Outros estão enviando ao mercado norte-americano parte do café de origem brasileira que possuem em estoque em países vizinhos.

NOVOS MERCADOS PARA O BRASIL

O presidente do conselho do Cecafé afirmou que não vê uma perda de mercado para o café brasileiro nos EUA, mesmo com a tarifação, já que a produção mundial está muito “justa” em relação ao consumo.

“Nem os Estados Unidos, nem outra fonte, podem abrir mão do Brasil, mesmo com tarifas.”

Ele também observou que o consumidor norte-americano está habituado ao blend que utiliza o grão brasileiro para conferir corpo e doçura ao café.

“Mesmo que você pague um preço mais alto por isso, muitas vezes prefere pagar do que abrir mão do seu produto… Ninguém altera a fórmula de um produto que está dando certo.”

O Brasil já vem se esforçando para diversificar os mercados compradores para sua produção de café, mas não pode simplesmente “virar a chave” e redirecionar mais cargas para outros países, segundo o diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron.

“Temos mercados com grande potencial de crescimento, sem dúvida, e a China é um desses mercados… Mas não é um processo que podemos simplesmente ativar a partir de 1º de agosto e destinar esse volume para outros destinos, pois estamos falando do maior consumidor mundial de café (EUA)”, concluiu.


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