As chuvas recentes proporcionaram uma florada vigorosa e promissora, resultando em lavouras mais saudáveis do que no ciclo anterior. No entanto, os cafeicultores permanecem cautelosos em relação ao clima e à saúde das plantações.
O final de setembro e o início de outubro não trouxeram apenas o alívio das primeiras chuvas na região da Alta Mogiana, em São Paulo, mas também uma renovação nas expectativas dos produtores de café: uma florada abundante e generalizada.
Após um período de seca, a chegada da umidade acelerou o crescimento das flores nas lavouras. A intensidade da florada é impressionante, com um número de flores muito maior em relação ao ciclo anterior. As condições climáticas de 2025 permitiram que as plantações chegassem a este estágio com um vigor consideravelmente superior ao de 2024.
Rafael Stefani, cafeicultor e influenciador do setor agropecuário, destaca que se inicia uma fase de apreensão. “De modo geral, em toda a Alta Mogiana, observamos uma boa florada, com muitas flores. As lavouras estão melhores do que em 2024, certo? Assim, devido às condições climáticas deste ano de 2025, as lavouras chegaram a essa florada com um vigor muito superior ao de 2024. A florada se apresentou com grande intensidade, com muitas flores abertas”, afirmou Stefani.
Apesar do otimismo inicial, o momento crítico agora é o pegamento da florada, que definirá o potencial produtivo da safra de 2026. A consolidação desse florescimento depende diretamente da continuidade das chuvas e da estabilidade das temperaturas.
“Agora, o que nos resta é esperar para ver se essa florada vai prosperar. E tudo isso depende de vários fatores, principalmente da continuidade das chuvas e da temperatura. Sabemos que altas temperaturas podem levar ao abortamento das flores”, explicou o cafeicultor. “Neste momento, o produtor se torna mais apreensivo, aguardando que as chuvas caiam e que a temperatura permaneça amena, para que possamos ter um clima ideal e uma situação favorável para o bom pegamento dessa florada”.
Além dos fatores climáticos, Stefani ressaltou a importância da gestão fitossanitária nesse período. Os produtores precisam estar ainda mais atentos às doenças que podem surgir e afetar o desenvolvimento dos chumbinhos. “É fundamental que o produtor fique atento às doenças que podem ocorrer durante a florada. Assim, é necessário realizar as pulverizações adequadas, tanto antes quanto depois da florada, para que possamos, efetivamente, minimizar os danos causados pelas doenças que também podem levar ao abortamento dessa florada e, consequentemente, reduzir o potencial produtivo das lavouras para 2026”, concluiu Rafael Stefani.
A Alta Mogiana, famosa por seus cafés de alta qualidade, aguarda com expectativa as condições ideais que permitirão que esta robusta florada se transforme em uma safra abundante no próximo ano.
