Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Precariedade nos Portos Gera Prejuízo de R$ 8,7 Milhões a Exportadores de Café

Instabilidade nos Portos Resulta em Perda de R$ 8,7 Milhões para Exportadores de Café.

Paulo Fridman Corbis/Getty Images

Grãos de café verde

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A infraestrutura deficiente dos portos brasileiros e os entraves logísticos continuam a causar enormes prejuízos às empresas que lidam com o embarque de café. Segundo o levantamento mais recente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em outubro de 2025, as empresas associadas à entidade enfrentaram um prejuízo de R$ 8,719 milhões em armazenagens adicionais, pré-stacking e detentions, devido à impossibilidade de exportação de 2.065 contêineres, totalizando 681.590 sacas de 60 kg do produto.

A não realização desse embarque resultou na perda de US$ 278,08 milhões, ou R$ 1,497 bilhão, em receita cambial apenas em outubro deste ano, considerando o preço médio Free on Board (FOB) de exportação de US$ 407,99 por saca (café verde) e a média do dólar de R$ 5,3849 no mês anterior.

“Estamos alertando há tempos sobre o cenário caótico da infraestrutura nos portos brasileiros, especialmente em Santos, o maior do hemisfério sul. A tendência é que a situação piore constantemente, principalmente devido ao atraso na oferta de pátio e berço do Tecon Santos 10”, destaca Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé.

Segundo ele, o anúncio de alguns investimentos, como a contratação de uma empresa para aprofundar o calado para 16 metros, a proposta de uma terceira via de descida da Rodovia Anchieta e a implementação de uma segunda alça de acesso ao embarcadouro santista, “sem dúvida”, são muito relevantes para o comércio exterior brasileiro, “mas levarão pelo menos cinco anos para serem concluídos”.

Raio-X dos atrasos

Em outubro de 2025, 52% dos navios, ou 204 de um total de 393 embarcações, enfrentaram atrasos ou alterações de escalas nos principais portos do Brasil, de acordo com o Boletim DTZ, elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com o Cecafé.

O Porto de Santos, que respondeu por 79% dos embarques de café entre janeiro e outubro deste ano, registrou um índice de 73% de atrasos ou alterações de escalas de navios, envolvendo 148 dos 203 porta-contêineres. O tempo máximo de espera no mês anterior foi de 61 dias no embarcadouro santista.

Além disso, em outubro, apenas 3% dos procedimentos de embarque tiveram um prazo superior a quatro dias de gate aberto por navios no porto santista. Outros 48% tiveram entre três e quatro dias, enquanto 49% levaram menos de dois dias.

O complexo portuário do Rio de Janeiro (RJ), o segundo maior exportador de cafés do Brasil, com 17,4% de participação nos embarques entre janeiro e outubro de 2025, registrou um índice de atrasos de 30% no mês anterior, com o maior intervalo sendo de 77 dias entre o primeiro e o último prazo. Esse percentual indica que 34 dos 113 navios destinados às remessas do produto sofreram alterações de escalas.

No mesmo mês, 22% dos procedimentos de exportação nos portos fluminenses tiveram um prazo superior a quatro dias de gate aberto por porta-contêineres; 48% registraram entre três e quatro dias; e 30% tiveram menos de dois dias.

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