Mercado continua sob pressão devido às incertezas comerciais
Os preços do café mantinham ganhos moderados nas bolsas internacionais na manhã desta terça-feira (18). As cotações futuras estão sob pressão e recebem apoio da continuidade das tarifas elevadas dos EUA sobre os grãos brasileiros.
Na última sexta-feira (14), a Casa Branca anunciou uma nova diretriz para a retirada da taxa recíproca de 10% sobre a importação de cafés do Brasil para os EUA, mas decidiu manter os 40% adicionais (vigentes desde agosto deste ano).
Um boletim do Escritório Carvalhaes ressalta que, nesse novo cenário, os cafés brasileiros enfrentam uma considerável desvantagem em relação a seus principais concorrentes para o mercado americano. “A manutenção da tarifa de 40% sobre a aquisição de nossos cafés pelas indústrias e importadores americanos é extremamente prejudicial tanto para os produtores brasileiros quanto para os consumidores americanos. Precisamos aprimorar o diálogo e continuar negociando com o governo dos EUA. Os demais fundamentos de mercado permanecem inalterados: incertezas climáticas que continuam a impactar a produção no Brasil e nos demais países produtores, além dos baixos níveis dos estoques globais”, concluiu o documento.
De acordo com Haroldo Bonfá, analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, a continuidade da tarifa representa uma grande oportunidade para as vendas do robusta do Vietnã, que não enfrentam tarifas, além da expectativa de safras menores de Conilon no Brasil em 2026 (após uma safra volumosa nesta temporada). “A taxação não faz com que o Brasil perca competitividade, mas abre espaço para a Colômbia e Vietnã”, comentou o analista.
Por volta das 9h20 (horário de Brasília), o arábica operava com um ganho de 470 pontos, sendo negociado a 407,25 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 310 pontos a 379,70 cents/lbp no de março/26, e uma alta de 350 pontos, cotado a 362,25 cents/lbp no de maio/26.
O robusta registrava um aumento de US$ 204, cotado a US$ 4,453/tonelada no contrato de novembro/25, um avanço de US$ 35, a US$ 4,518/tonelada no de janeiro/26, e um ganho de US$ 27, com valor de US$ 4,395/tonelada no de março/26.
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Fonte:
Notícias Agrícolas











