Sem novos fundamentos e pressionados pelas condições climáticas no Brasil e no Vietnã, os preços do café continuavam em declínio nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (17).
Conforme o boletim do Escritório Carvalhaes, a entrada da nova safra de robusta do Vietnã no mercado, juntamente com o aumento das expectativas de chuvas sobre os cafezais no Brasil, têm contribuído para a queda das cotações dos contratos em Nova York e Londres, além de dificultar os negócios no mercado físico brasileiro.
Em 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã divulgou que as exportações do país em novembro apresentaram um crescimento de 39% em comparação ao ano anterior, totalizando 88.000 toneladas. Além disso, as exportações de janeiro a novembro aumentaram 14,8% em relação ao ano anterior, alcançando 1,398 milhão de toneladas. Informações do portal internacional Bloomberg também indicam que a produção no Vietnã para 2025-26 deverá ser 10% superior à da temporada passada.
Um relatório do Itaú BBA prevê que, para o próximo ano, há expectativa de uma melhora significativa na produção de arábica e uma estabilidade ou leve queda na produção de robusta, resultando em um superávit de 7 milhões de sacas entre a produção e o consumo global.
Por volta das 10h (horário de Brasília), o arábica apresentava uma queda de 840 pontos, cotado a 379,30 cents/lbp para o vencimento de dezembro/25, uma perda de 95 pontos, sendo negociado a 351,15 cents/lbp para março/26, e uma baixa de 90 pontos, com valor de 335,60 cents/lbp para maio/26.
O robusta registrava uma perda de US$ 48, cotado a US$ 3,887/tonelada no contrato de janeiro/26, uma queda de US$ 62 a US$ 3,770/tonelada no de março/26, e um recuo de US$ 57 a US$ 3,706/tonelada no de maio/26.
A previsão do Climatempo indica que, a partir desta terça-feira (16), uma frente fria avançará pelo oceano, na costa do Sudeste, canalizando umidade e organizando instabilidades sobre a região ao longo da semana. Espera-se, portanto, chuvas mais intensas e persistentes nas áreas produtoras de café entre São Paulo e Minas Gerais. No final de semana, o corredor de umidade perderá força e, gradualmente, as chuvas devem diminuir.











