O mercado acompanha atentamente os desdobramentos da taxação imposta por Trump ao Brasil
Na manhã desta segunda-feira (14), os preços do café apresentavam expressivos ganhos nas bolsas internacionais.
Conforme o boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos continuam inalterados: estoques historicamente baixos, tanto nos países produtores quanto nos consumidores, clima irregular e um equilíbrio delicado entre a produção e o consumo global. Quanto à tarifa adicional de 50% imposta pelo governo Trump sobre as exportações brasileiras para os EUA, o mercado ainda está em fase de análise, tentando compreender os efeitos dessa decisão. “Precisamos aguardar os próximos dias para observar as consequências dessa taxação inexplicável, que prejudica e penaliza as relações comerciais centenárias de café entre brasileiros e americanos. Acreditamos que essa taxação será revista, mas, se mantida, tanto os cafeicultores brasileiros quanto os consumidores americanos sofrerão impactos,” complementou o documento.
A colheita da safra 25/26 no Brasil está em sua fase máxima. Segundo o relatório da Pine Agronegócios, o trabalho de colheita do arábica já alcançou cerca de 60% da área cultivada, enquanto o Conilon atingiu 75%. No entanto, informações da Safras & Mercado indicam que, até o dia 9 de julho, os produtores brasileiros venderam 31% da safra 2025/26, um número abaixo da média de cinco anos, que é de 38% para este período.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica apresentava uma queda de 130 pontos, cotado a 288,60 cents/lbp para o vencimento de julho/25, um aumento de 875 pontos para 295,25 cents/lbp no contrato de setembro/25, e um ganho de 780 pontos, cotado a 288,25 cents/lbp para dezembro/25.
O robusta estava em alta, com um aumento de US$ 59, cotado a US$ 3,570/tonelada para o contrato de julho/25, um ganho de US$ 134, a US$ 3,350/tonelada no de setembro/25, e um avanço de US$ 133, cotado a US$ 3,303/tonelada no de novembro/25.
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