Os preços do café continuam em queda nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (13).
De acordo com o Barchart, as declarações do presidente Donald Trump sobre a possível diminuição da taxação americana, feitas durante uma entrevista na noite de terça-feira (11), continuam a impactar negativamente os preços futuros. Na sessão anterior, as quedas se acentuaram após o secretário do Tesouro, Bessent, mencionar que haveria “anúncios substanciais nos próximos dias” sobre culturas não cultivadas nos EUA, incluindo o café.
Um boletim do Escritório Carvalhaes ressalta que a eliminação do tarifaço será benéfica tanto para o Brasil quanto para os EUA, mas os demais fundamentos de mercado permanecerão inalterados: incertezas climáticas que continuam a afetar a produção de café no Brasil e em outros países produtores, além dos baixos estoques globais. “O Brasil é o maior produtor e exportador mundial (além de ser o segundo maior consumidor), e está sem estoques remanescentes, tendo colhido em 2025 uma safra menor do que a inicialmente projetada, frustrando as previsões e análises do mercado. Ademais, nossas regiões produtoras já enfrentaram diversos problemas climáticos, que devem impactar a próxima produção em 2026”, completa o documento.
O mercado futuro também pressiona as primeiras previsões para a safra de 2026. Segundo o Rabobank, o mercado de café apresentará um excedente global significativo de 7 a 10 milhões de sacas na safra 2026-2027, em comparação com o atual equilíbrio de oferta, impulsionado pela recuperação da produção de arábica no Brasil. Por sua vez, a StoneX estima que a safra do café brasileiro será de 70,7 milhões de sacas para 2026/27, um aumento de 13,5% em relação ao ciclo anterior (2025/26). Deste total, 47,2 milhões correspondem ao arábica (um crescimento anual de 29,3%), enquanto 23,5 milhões de sacas são de robusta, com uma queda de 8,9%. No entanto, apesar da recuperação esperada, o volume ainda está abaixo do potencial máximo que poderia ser alcançado em condições climáticas ideais.
Por volta das 9h50 (horário de Brasília), o arábica registrava uma queda de 485 pontos, cotado a 398,80 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, apresentando uma diminuição de 440 pontos a 372,25 cents/lbp no de março/26, e uma perda de 460 pontos a 356,20 cents/lbp no de maio/26.
O robusta operava com uma baixa de US$ 240, cotado a US$ 4,392/tonelada no contrato de novembro/25, uma desvalorização de US$ 21 a US$ 4,345/tonelada no de janeiro/26, e uma queda de US$ 17 a US$ 4,268/tonelada no de março/26.











