Os preços do café robusta fecharam a sessão desta sexta-feira (31) com reduções superiores a 2% em Londres, enquanto o arábica terminou o dia em uma situação mista nos futuros mais próximos.
De acordo com o Barchart, o arábica conseguiu se recuperar das perdas iniciais e apresentou ganhos modestos após mais um dia de quedas nos estoques dessa variedade na ICE. Por outro lado, o robusta enfrentou pressão devido às intensas chuvas nas regiões cafeeiras do Vietnã, que melhoraram as expectativas para as safras do país. Outro fator a ser considerado foi a valorização do dólar em relação ao real, que alcançou a maior cotação em dois meses.
Um relatório da Pine Agronegócios ressalta que, no contexto do café Robusta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já indicou que poderia eliminar as tarifas sobre o grão do Vietnã, um movimento que pode ocorrer junto com a eliminação das tarifas adicionais do Brasil. “Em nossa análise, os estoques de café nas torrefações norte-americanas já atingiram níveis críticos e, se as compras não ocorrerem em volume significativo agora em novembro, o inverno nos Estados Unidos será caracterizado por um consumo do produto apenas de forma limitada, resultando em um aumento ainda maior para o consumidor americano. Considerando esse cenário de demanda que pode surgir dos EUA e a movimentação atual dos diferenciais, reforçamos nossa posição de que, se as tarifas adicionais forem reduzidas, a tendência mais provável será de queda nos futuros de Arábica, enquanto os diferenciais podem aumentar”, complementa o documento.
Informações da Safras & Mercado indicam que, durante o mês de outubro, o mercado internacional manteve um tom de ampla volatilidade, com o físico brasileiro acompanhando essa tendência. Contudo, o balanço foi favorável para as cotações, refletindo ainda preocupações com a oferta e a atenção voltada para o clima no Brasil e as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Outubro foi o mês de início das floradas, mas também de indicações sobre o pegamento que resultará na próxima safra.
O robusta finalizou o pregão com uma queda de US$ 98, com o valor de US$ 4,524/tonelada no contrato para novembro/25, uma perda de US$ 101, com o valor de US$ 4,540/tonelada no de janeiro/26, e uma redução de US$ 96, negociado a US$ 4,463/tonelada no de março/26.
No caso do arábica, houve uma alta de 5 pontos, atingindo o valor de 392,05 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, sem variações e cotado a 372,25 cents/lbp no de março/26, além de uma queda de 70 pontos, com o valor de 357,45 cents/lbp no de maio/26.
Mercado Interno
Ainda segundo a consultoria Safras & Mercado, o mercado físico brasileiro reflete uma maior oferta devido à entrada da safra 2025. Os produtores estão mais capitalizados e se afastam das negociações em momentos de queda na bolsa, enquanto os compradores demonstram cautela.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, apenas o Café Arábica Tipo 6 em Machado/MG teve movimentação no fechamento desta sexta-feira, registrando uma alta de 1,71% no valor de R$ 2.380,00/saca. O Cereja Descascado encerrou sem variações.











