Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
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Rabobank Vê Possível Aumento na Safra de Café do Brasil em 2026 e Alívio na Oferta Global

Rabobank prevê um potencial crescimento na produção de café do Brasil em 2026, o que pode resultar em um alívio na oferta mundial.

Reuters_Khaled Abdullah

Café colhido na Colômbia

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A safra de café do Brasil em 2026 tem potencial para aumentar em comparação a 2025, apesar de uma redução no otimismo em relação à produção do próximo ano, devido a recentes problemas climáticos, avaliou nesta quarta-feira um analista do Rabobank.

De acordo com o especialista Guilherme Morya, o banco holandês ainda está definindo um número para a colheita de 2026 no maior produtor e exportador de café do mundo.

Se a expectativa preliminar se confirmar, os volumes brasileiros poderão contribuir para um alívio na oferta global, pressionando os preços.

No ano de 2025, segundo o banco, a colheita brasileira totalizou 62,8 milhões de sacas de 60 kg, com uma produção de arábica de 38,1 milhões de sacas, o que representa uma queda anual de 14%, enquanto a safra de canéforas (robusta e conilon) totalizou 24,7 milhões de sacas, um aumento de 10% em relação a 2024.

Para 2026, existem incertezas em relação ao potencial produtivo, especialmente para o arábica, após episódios de geadas em 2025 e chuvas de granizo em algumas regiões. De acordo com o Rabobank, chuvas isoladas em setembro e outubro impactaram as floradas e o pegamento dos frutos para 2026.

Apesar disso, Morya mencionou que a expectativa é de um aumento na produção em 2026, dependendo ainda de fatores climáticos até o início da colheita, que ocorre entre abril e maio.

“Para o próximo ciclo, a preocupação é um pouco maior com o café arábica; o otimismo que existia há três a quatro meses vem diminuindo gradualmente”, afirmou, referindo-se à irregularidade climática em setembro e outubro. Contudo, ele acredita que a safra de arábica de 2026 pode crescer em relação a 2025, dependendo das condições climáticas nos próximos meses.

Em relação à produção de canéfora, o Rabobank “prevê um leve crescimento”, disse Morya, ressaltando que o impacto das podas em lavouras mais antigas pode ser compensado pelo aumento da área plantada.

Se o crescimento esperado no Brasil se concretizar, o superávit no mercado global de café poderia aumentar para 3,3 milhões de sacas no ano global do café 2025/26 (outubro/setembro), em comparação a 1,7 milhão em 2024/25.

Essa situação poderia pressionar os preços na bolsa de referência do café arábica em Nova York para a faixa de US$3,10 a US$3,55 por libra-peso, em comparação a cerca de US$3,80 atualmente, segundo a análise do banco.

“2024/25 apresenta um superávit bastante apertado, e agora observamos um pequeno alívio; o mercado está em transição. Mas ainda é muito restrito, é importante destacar que, mesmo sendo 3,3, é apertado, um fator que gera volatilidade no mercado”, comentou o analista, lembrando que o mercado global enfrentou déficits nos últimos anos.

Ele observou que a situação projetada para 2025/26 no mercado global está longe do superávit de mais de 10 milhões de sacas que foi visto no início da década, quando o Brasil teve uma colheita recorde em 2020.

Além disso, safras melhores em países como Colômbia e Indonésia também colaboram para o alívio esperado no mercado global em 2025/26, mencionou o analista.

O Rabobank estimou as exportações de café do Brasil para 2025/26 (julho/junho) entre 39 milhões e 41 milhões de sacas, em comparação com 45,6 milhões no ciclo anterior, com o setor no país enfrentando colheitas frustradas nos últimos anos e estoques de passagem menores, após exportações recordes de 47,5 milhões de sacas em 2023/24.

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