Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 1.700,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.250,00 Conilon tipo 7: R$ 960,00
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Tarifas norte-americanas: Hedgepoint antecipa efeitos no mercado cafeeiro.

Os EUA estão entre os principais consumidores de café do mundo, responsáveis por cerca de 30% de todas as importações do produto. A implementação de tarifas pode impactar os preços do café no país e afetar as importações.

Na última quarta-feira (09), o governo americano anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil, a maior economia da América Latina e o maior produtor de café do mundo. O Brasil ocupa a 15ª posição entre os parceiros comerciais dos EUA. As principais exportações dos EUA para o Brasil incluem aeronaves comerciais, produtos petrolíferos, carvão e semicondutores, enquanto as principais exportações do Brasil para os EUA são petróleo bruto, aço semiacabado, ferro-gusa e café, além de outros produtos alimentícios como suco de laranja, carne e ovos.

Segundo Laleska Moda, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, a preocupação imediata para o mercado é um possível aumento da inflação devido à imposição de tarifas sobre parceiros comerciais como o Brasil, especialmente considerando que os EUA são um importador líquido de bens, o que pode limitar futuros cortes nas taxas de juros. “Nesse sentido, apesar da recuperação do valor do dólar durante a semana, o índice continua próximo ao seu menor nível em três anos e meio, tendo recuado cerca de 10% este ano”, afirma.

A analista explica que isso pode ser atribuído principalmente ao fato de que os investidores veem a economia dos EUA como um risco, dadas as incertezas comerciais e econômicas, com o dólar perdendo parte de seu status como moeda de “porto seguro”. Além da volatilidade atual nas políticas comerciais, o mercado observa de perto a proposta de corte de impostos de Trump e o projeto de lei de gastos, que contribuíram para a fraqueza do índice do dólar americano, assim como os próximos movimentos do Fed.

Em relação ao mercado de café, a analista ressalta que a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros poderia ter um impacto direto no setor, uma vez que o Brasil é o maior produtor do mundo e os EUA são seu maior importador. Nas últimas temporadas, os grãos brasileiros representaram cerca de 30% de todas as importações de café dos EUA. Se os grãos forem tributados em 50%, isso afetaria os preços do café para os americanos e possivelmente resultaria em menores embarques para os EUA, além de alterações no fluxo global de café.

“É importante destacar que, apesar do aumento nos preços do café, os dados de importação dos EUA mostraram uma recuperação próxima aos níveis médios até agora na temporada 24/25, após quedas nas temporadas 23/24 e 22/23. Embora os preços do café estejam mais altos do que em anos anteriores, o impacto na renda dos consumidores é menor do que em economias como a do Brasil, onde o produto consome uma parte maior da renda”, enfatiza.

No entanto, novos aumentos de preços podem impactar as importações e a demanda, especialmente porque o Brasil é o maior parceiro comercial de café dos EUA e atualmente consegue atender à demanda do país. O Brasil também possui maior disponibilidade de café no momento, uma vez que a maioria dos outros países, especialmente aqueles que produzem arábica, está na entressafra.

Dados analisados pela Hedgepoint Global Markets mostram que, além disso, outros grandes players, como o Vietnã, têm altas taxas de impostos (atualmente de 20%), o que pode impactar ainda mais os preços e a demanda de café nos EUA. “Embora mudanças na política tarifária de Trump sejam possíveis, é provável que vejamos mais volatilidade no mercado nos próximos meses”, conclui Moda.

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