Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
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Com café do Brasil taxado em 50% pelos EUA, especialistas avaliam impactos...

Taxas dos EUA causam desordem no mercado global de café e…

Atualmente, o setor cafeeiro enfrenta um cenário repleto de incertezas. Além das frequentes e intensas oscilações nas bolsas de Nova York e Londres, a indústria atravessa um grande desafio comercial, após a imposição do presidente americano Donald Trump de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA.

O Brasil se destaca como o maior produtor e exportador de café do mundo. Os cafés brasileiros correspondem a mais de 30% do mercado de café norte-americano, e a indústria cafeeira dos EUA sustenta mais de 2,2 milhões de empregos no país, gerando acima de US$ 101 bilhões em salários. Ademais, a cada US$ 1 que os EUA importam em café, são injetados outros US$ 43 na economia americana, fazendo com que o setor movimentasse US$ 343 bilhões anualmente, o que representa 1,2% do PIB dos Estados Unidos.

Desde a implementação da tarifa de 50%, que passou a valer em 6 de agosto deste ano, dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café) indicam que os EUA deixaram de ser o principal mercado do Brasil, com uma queda de 46% nas vendas do produto em agosto de 2025 em comparação ao ano anterior. A entidade prevê que as exportações continuarão a diminuir, caso a tarifa permaneça em vigor.

Enquanto as exportações brasileiras para os EUA diminuem, dados do Cecafé revelam que os embarques de grãos para a Colômbia aumentaram em 578% em agosto em relação ao ano anterior, totalizando 113.000 sacas de 60 quilos. Esse aumento expressivo gerou discussões sobre uma possível triangulação do café brasileiro para o mercado norte-americano.

A Colômbia, que ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores de café do mundo, aplica uma taxa de apenas 10% sobre o grão. De acordo com Germán Bahamón, chefe da Federação de Cafeicultores da Colômbia, em uma declaração distribuída a executivos do setor e agências alfandegárias publicada pelo portal internacional Bloomberg, “a preocupação é que exportadores desonestos tentem misturar grãos brasileiros mais baratos com seus próprios produtos mais caros, em sacos rotulados como 100% café colombiano. A Federação solicita ao governo que intensifique os controles para evitar qualquer tentativa de triangulação que comprometa a origem do produto colombiano. Se alguém na cadeia estiver envolvido nessas práticas, deve ser denunciado imediatamente para que as medidas apropriadas possam ser tomadas em relação às licenças de exportação”, alertava o comunicado.

Uma análise realizada por Eduardo Carvalhaes, analista de mercado do Escritório Carvalhaes junto ao Conselho Nacional do Café (CNC), aponta que a triangulação pode atender momentaneamente a demandas específicas, mas não substitui a robustez de uma relação comercial direta, transparente e fortalecida entre Brasil e EUA.

O Cecafé enfatiza ainda que reexportar café brasileiro por meio de outros países não é uma alternativa viável para contornar as tarifas norte-americanas, e que o comércio direto entre Brasil e EUA é essencial para a estabilidade do mercado.



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