Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Atualizado em: 20/10/2025 Café Arábica Bebida Dura tipo 7: R$ 2.150,00 Café Arábica Rio 7: R$ 1.650,00 Conilon tipo 7: R$ 1.350,00
Timbro Vai Exportar Café do Brasil Apostando no Crescimento da Demanda Global

Timbro Planeja Exportar Café Brasileiro Focando no Aumento da Demanda Mundial.

REUTERS/Juan Carlos Ulate

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A Timbro, uma plataforma brasileira de comércio exterior que tem crescido rapidamente nos últimos anos, adicionou o café ao seu portfólio de produtos e enxerga oportunidades de expansão neste segmento, uma vez que tradicionais tradings perderam espaço no mercado cafeeiro devido à volatilidade e aos preços recordes do último ano, conforme afirmou Caio Melles, um dos sócios da empresa, à Reuters.

A companhia, que se tornou uma das maiores exportadoras de açúcar do Brasil em apenas 15 anos de operação, também está envolvida na negociação de outros produtos, que incluem minério de ferro e algodão, além de realizar importações de aeronaves, automóveis, equipamentos pesados e diversas mercadorias para a Amazon.

“Acredito que entramos no café no momento certo, (um momento) bastante desafiador para o setor. Muitas empresas ficaram pelo caminho e faliram nos últimos dois, três anos, em razão das altas que ocorreram”, comentou Melles.

A empresa, que alcançou um faturamento de R$18 bilhões em 2024, posiciona-se em um mercado de café que se tornou “carente” de empresas “sólidas” no Brasil, capazes de acompanhar a produção, precificar e garantir entregas, o que proporciona um impulso adicional para a atuação da Timbro no setor, acrescentou ele.

“Estamos entrando no mercado (de café) sem um histórico extenso, sem obrigações e com uma operação leve no sentido de prestar serviços, exportando enquanto oferecemos suporte ao produtor”, declarou.

A Timbro já tinha operações financeiras com cooperativas e grandes produtores de café, mas no mercado físico, a safra de 2025 será a primeira completa da companhia, uma informação que não havia sido divulgada anteriormente.

Melles, cuja família é produtora de café em São Sebastião do Paraíso (MG), uniu-se aos fundadores da Timbro, Jorge Guinle e Bruno Russo, logo no início da empresa. Naquele momento, ele era responsável pela área de importação da companhia.

Agora, ele e o sócio João Lima têm viagens programadas para a Itália e Alemanha, que são grandes importadores do café brasileiro, com o objetivo de prospectar novos negócios.

“Vamos fortalecer laços, pois este é um momento muito oportuno… a Timbro tem um papel importante a desempenhar no mercado, e já estamos dando esse passo agora”, afirmou.

No primeiro ano, os volumes de café ainda devem ser relativamente modestos, e a companhia espera negociar cerca de 80 mil sacas de 60 kg. “É uma operação que ainda é pequena. Mas vamos com cautela, pois é um mercado de grande volatilidade e estamos dando um passo agora”, disse ele.

No setor de açúcar, os volumes negociados pela Timbro devem apresentar estabilidade, após o total exportado ter aumentado de 300 mil toneladas em 2018 para 2 milhões de toneladas em 2024. Em 2025, a empresa considera que será um ano marcante, com o início das operações comerciais nos Estados Unidos, com originação de diversos países das Américas.

No agronegócio, uma outra conquista significativa este ano foi a abertura de um escritório em Dubai, um movimento estratégico para estreitar o relacionamento com clientes-chave e operar com maior eficiência em diferentes fusos horários.

Na mesma linha, a empresa está se expandindo para a Ásia, para “ter um horário chinês”, tendo em vista a importância da China como importador de commodities brasileiras, disse Melles.

Atualmente, a empresa direciona de 65% a 70% de seus negócios para exportação e de 30% a 35% para importação.

Soja e milho

No entanto, a Timbro ainda atua de maneira mais pontual na exportação de milho e soja, as commodities agrícolas com os maiores volumes exportados pelo Brasil, afirmou o executivo, destacando que as operações com grãos exigem uma logística integrada para serem mais lucrativas, algo que está nos planos futuros da empresa.

“Estamos realizando alguns embarques de soja e milho, prevendo fazer meia dúzia este ano de cada commodity, ainda de forma pontual. No caso dos grãos, se a logística não estiver adequada, não vale a pena… Em grãos, a logística é mais valiosa que o produto. Se você não estiver na logística, é um ‘penalty’”, explicou ele.

Ele acrescentou que a companhia está avaliando a possibilidade de estabelecer alguma parceria para a logística de grãos.

Na unidade de aço e minérios, com a previsão de exportação de mais de 1 milhão de toneladas para China e Europa ao longo do ano, a Timbro está ampliando suas operações com o início de processos de due diligence para novos ativos minerários, visando parcerias de longo prazo que sustentem a expansão estratégica da empresa nesse setor.

“Estamos avançando na exploração, não para operar a mina diretamente, mas estamos utilizando ‘funding’ para viabilizar a operação”, afirmou ele, explicando que a empresa busca maior margem no comércio com essa abordagem.

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