REUTERS/Juan Carlos Ulate
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Os preços do café no mercado interno do Vietnã recuaram para o menor patamar desde março do ano anterior, seguindo as tendências globais, devido ao aumento da oferta e condições climáticas favoráveis para a colheita e secagem das cerejas, em meio a uma demanda fraca, conforme informado por comerciantes nesta quinta-feira.
No Planalto Central, os agricultores comercializaram os grãos entre 88.700 dongs e 90.000 dongs (US$ 3,37 a US$ 3,42) por kg, uma queda em relação aos 101.300 dongs a 102.000 dongs da semana anterior.
O Vietnã é o principal produtor de café robusta, cujo preço para entrega em março na bolsa ICE caiu US$294 desde o início desta semana, atingindo US$3.705 por kg no fechamento de quarta-feira, o menor nível desde 8 de agosto, conforme dados da LSEG.
“Os agricultores estão colhendo as últimas cerejas e liberaram mais grãos nos últimos dias, embora em quantidades não muito grandes, pois estão com pouca pressão para vender”, disse um comerciante da região cafeeira.
“Ao mesmo tempo, os exportadores se mostram bastante cautelosos”, acrescentou o comerciante.
Outro trader mencionou que os relatos sobre a safra têm sido “variados” no Planalto Central nesta temporada.
“Os produtores de Dak Lak, a principal província cafeeira, relataram rendimentos superiores, enquanto as províncias vizinhas de Lam Dong e Gia Lai tiveram resultados menos positivos”, afirmou o segundo trader.
Os operadores estão oferecendo descontos de US$225 a US$275 por tonelada em relação ao contrato de março da bolsa.
Na Indonésia, os grãos de café robusta de Sumatra foram comercializados a um prêmio de US$120 em relação ao contrato de janeiro desta semana, uma queda em relação ao prêmio de US$209 na semana anterior, “devido à desvalorização na tela de Londres”, informou um trader.
Outro trader citou um prêmio de US$300 para o contrato de março, em comparação com um prêmio de US$100 na semana passada.
Os cafeicultores de West Lampung alertaram que as chuvas constantes na região podem ameaçar o desenvolvimento das plantações e impactar a colheita de agosto.
“A colheita de café do próximo ano deve cair entre 30% e 40%”, comentou um agricultor.
