Inverno seco: um padrão esperado
Entre abril e setembro, a Zona da Mata mineira entra no chamado “inverno seco”. Esse período é caracterizado pela atuação do anticiclone do Atlântico Sul, que impede a chegada de frentes frias com umidade à região. Como resultado, as chuvas diminuem drasticamente e os dias se tornam mais ensolarados.
O que esperar até setembro
Segundo previsões atualizadas, Manhuaçu e regiões vizinhas seguirão com baixos índices de precipitação até setembro. As temperaturas variam entre 6 °C e 23 °C, e não há expectativa de chuvas significativas nas próximas semanas. Isso afeta diretamente a umidade do solo e o manejo agrícola.
Impactos nas lavouras cafeeiras
O clima seco exige maior atenção dos produtores rurais, especialmente os de café. Lavouras jovens, com sistemas radiculares ainda em desenvolvimento, demandam irrigação complementar para evitar estresse hídrico. Além disso, a falta de chuvas pode afetar a formação de grãos na fase final de desenvolvimento dos frutos.
Efeitos ambientais e produtivos
A redução prolongada da umidade do solo também afeta a biodiversidade local. Espécies forrageiras, utilizadas para pasto, podem ter crescimento limitado. Em algumas propriedades, já se observam sinais de compactação do solo, o que compromete a infiltração da água quando as chuvas retornam.
Recomendações para os produtores
- Monitorar a umidade do solo com sensores ou técnicas simples como trincheiras.
- Reduzir gradativamente a irrigação para plantas mais maduras, evitando desperdício.
- Utilizar cobertura morta para reter umidade no solo.
- Avaliar alternativas como o sombreamento parcial em mudas.